Menino estava amarrado à cadeira com fita adesiva, que também fechava sua boca

LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

Uma professora de Brasília foi levada à delegacia após ter amordaçado um aluno dentro da sala de aula. O garoto, de cinco anos, foi amarrado à cadeira com fita adesiva, também usada para fechar a boca da criança.
Segundo a delegada Alessandra Figueiredo, a professora afirmou em depoimento na quarta-feira que amordaçou o aluno porque ele estava muito "agitado", conversando com outros colegas.
"É um absurdo. Nunca tivemos um caso semelhante", afirmou a delegada.
A professora, de 49 anos, assinou um termo circunstanciado -espécie de boletim de ocorrência- na delegacia e foi liberada.
Ela irá responder pelos crimes de constrangimento ilegal, maus-tratos e submissão de criança a situação vexatória. Se for condenada, poderá ter pena de até dois anos de detenção.
O caso foi flagrado na quarta-feira por uma servente da escola que, ao entrar na sala de aula, viu que a criança tinha a boca tampada com fita adesiva. Ela avisou a vice-diretora do colégio, Márcia de Souza, que desamarrou a garoto. "A professora estava muito arrependida, reconheceu que se excedeu", contou a vice-diretora.
Segundo a coordenadora, o aluno tinha "comportamento difícil" na escola e já estava encaminhado para ser atendido por um psicólogo.
A reportagem telefonou para a professora e para a família da criança, mas nenhuma das ligações foi atendida.

ITU
Também na última quarta, um professor foi agredido com um soco por um aluno de 17 anos na escola estadual Regente Feijó, em Itu. O estudante foi suspenso.
A delegada Lia Limongi, titular do 3º DP da cidade, afirmou que o garoto prestou depoimento e disse que só agrediu o professor porque acreditou que seria agredido pelo docente, responsável pelas aulas de matemática. O professor sofreu um corte no rosto e levou pontos.
A Secretaria Estadual da Educação afirmou que já foi convocada uma reunião com o conselho escolar para discutir o caso e que o aluno está suspenso.


Texto Anterior: Justiça ajuda pai de filho com doença rara
Próximo Texto: Gays são mais agredidos por policiais
Índice