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VIOLÊNCIA
Quadrilha de dez pessoas rendeu o porteiro e o manobrista e levou computadores, aparelhos de fax e telefones
Grupo faz arrastão em prédio comercial da alameda Santos
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
Portões elétricos, vigias uniformizados e 32 câmeras de vídeo
não foram suficientes para impedir mais um arrastão a um prédio
de alto padrão em São Paulo.
Na madrugada de ontem, um
grupo de dez pessoas rendeu dois
funcionários e invadiu o edifício
de escritórios Paulista Plaza The
Office, na alameda Santos, na região central da capital. De posse
das chaves, roubou pelo menos 15
conjuntos comerciais.
Após cerca de três horas no local, os criminosos fugiram em
quatro carros roubados da garagem. Não houve feridos.
A polícia ainda não tem o saldo
total de bens roubados -principalmente computadores, aparelhos de fax e telefone, além de fornos de microondas. O advogado
Vitorio Pasqual Soldano, proprietário de um dos escritórios roubados e que teve entre outros bens
seu cofre e um palmtop levados,
estima um prejuízo de R$ 20 mil.
Os ladrões chegaram ao local
por volta da 0h. Esperaram a entrada de um carro que se dirigia à
garagem (com sete pavimentos) e
dominaram o manobrista. Depois, renderam o porteiro, que fazia sozinho a segurança. Amarrados, foram obrigados a mostrar o
quadro onde estavam chaves de
20 dos 192 conjuntos do edifício.
Armados com pistolas e revólveres, os bandidos disseram aos
funcionários que os matariam se
eles acionassem o botão de pânico
da portaria -que serve para avisar a polícia ou empresas de segurança particulares de que algo
anormal (geralmente um assalto)
está ocorrendo no local.
Com medo, eles não acionaram
o equipamento, dando tempo suficiente para os ladrões percorrerem os 16 andares do prédio, segundo Roberta Guerra Maransaldi, delegada assistente do 36º DP,
no Paraíso, responsável pelo caso.
Dois dos veículos roubados utilizados na fuga foram encontrados ainda ontem na zona sul.
A principal pista da polícia até
agora são os vídeos gravados no
elevador e nos corredores pelas 32
câmeras espalhadas pelo prédio.
Até o início da noite de ontem as
imagens ainda não haviam sido
divulgadas. Mas a Folha obteve
permissão para ver uma delas.
Nessa imagem, havia oito pessoas, sendo que sete estavam encapuzadas ou com bonés, o que
impedia a identificação. O oitavo
bandido estava com o rosto descoberto e aparentava ser jovem.
A polícia já registrou neste ano
ao menos 13 arrastões em prédios
de alto padrão na capital.
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