São Paulo, terça-feira, 19 de julho de 2005

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VIOLÊNCIA

Quadrilha de dez pessoas rendeu o porteiro e o manobrista e levou computadores, aparelhos de fax e telefones

Grupo faz arrastão em prédio comercial da alameda Santos

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

Portões elétricos, vigias uniformizados e 32 câmeras de vídeo não foram suficientes para impedir mais um arrastão a um prédio de alto padrão em São Paulo.
Na madrugada de ontem, um grupo de dez pessoas rendeu dois funcionários e invadiu o edifício de escritórios Paulista Plaza The Office, na alameda Santos, na região central da capital. De posse das chaves, roubou pelo menos 15 conjuntos comerciais.
Após cerca de três horas no local, os criminosos fugiram em quatro carros roubados da garagem. Não houve feridos.
A polícia ainda não tem o saldo total de bens roubados -principalmente computadores, aparelhos de fax e telefone, além de fornos de microondas. O advogado Vitorio Pasqual Soldano, proprietário de um dos escritórios roubados e que teve entre outros bens seu cofre e um palmtop levados, estima um prejuízo de R$ 20 mil.
Os ladrões chegaram ao local por volta da 0h. Esperaram a entrada de um carro que se dirigia à garagem (com sete pavimentos) e dominaram o manobrista. Depois, renderam o porteiro, que fazia sozinho a segurança. Amarrados, foram obrigados a mostrar o quadro onde estavam chaves de 20 dos 192 conjuntos do edifício.
Armados com pistolas e revólveres, os bandidos disseram aos funcionários que os matariam se eles acionassem o botão de pânico da portaria -que serve para avisar a polícia ou empresas de segurança particulares de que algo anormal (geralmente um assalto) está ocorrendo no local.
Com medo, eles não acionaram o equipamento, dando tempo suficiente para os ladrões percorrerem os 16 andares do prédio, segundo Roberta Guerra Maransaldi, delegada assistente do 36º DP, no Paraíso, responsável pelo caso.
Dois dos veículos roubados utilizados na fuga foram encontrados ainda ontem na zona sul.
A principal pista da polícia até agora são os vídeos gravados no elevador e nos corredores pelas 32 câmeras espalhadas pelo prédio. Até o início da noite de ontem as imagens ainda não haviam sido divulgadas. Mas a Folha obteve permissão para ver uma delas.
Nessa imagem, havia oito pessoas, sendo que sete estavam encapuzadas ou com bonés, o que impedia a identificação. O oitavo bandido estava com o rosto descoberto e aparentava ser jovem.
A polícia já registrou neste ano ao menos 13 arrastões em prédios de alto padrão na capital.


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