São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

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Vereador e vice negam participação

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O presidente da Câmara Municipal de São Sebastião, vereador Wagner Teixeira (PV), e o vice-prefeito da cidade, Paulo Henrique Santana (PDT), negaram ontem participação no atentado contra o prefeito Juan Pons Garcia.
Eles disseram que estão à disposição da polícia para prestar esclarecimentos e informaram que pretendem processar o assessor José Antônio Ferreira Filho, que há seis meses teria denunciado o suposto plano ao prefeito.
Teixeira e Santana também disseram estranhar o fato de Garcia ter apresentado a gravação apenas agora. Para eles, o prefeito aproveita o atentado para atacar a oposição.
"O que me estranha é que só agora o prefeito divulga essa fita. Quando as pessoas se sentem ameaçadas, tem que se fazer uma investigação. Já faz alguns meses que essa fita foi gravada, mas em momento algum eu fui chamado na delegacia ou fui intimado", disse Teixeira.
"Eu também quero que seja tudo apurado e que não se desvie o foco. Eu e o PH [Santana] somos bodes expiatórios", afirmou o vereador.
Rompido com Garcia desde agosto do ano passado, quando entregou o cargo de secretário municipal de Educação acusando o prefeito de não cumprir promessas de campanha, o vice Santana disse que o atentado contra o prefeito e a divulgação da fita podem ter ligação com fatos ocorridos na cidade nos últimos meses.
Durante o Carnaval, o escritório de um vereador da cidade, que faz oposição ao prefeito, foi incendiado. "Eu posso ter todas as divergências políticas com qualquer um, mas nunca sairia do campo da discussão política ou ideológica. Em hipótese nenhuma sairia para agressão", disse o vice-prefeito.
Há um mês e meio, Garcia impediu que o vice-prefeito realizasse, com os bombeiros, uma vistoria em prédio público que, segundo Santana, funcionava irregularmente.
Houve discussão e o caso parou na polícia. Garcia então moveu ação obrigando o vice a pedir autorização por escrito para entrar em repartições públicas que não sejam abertas ao público. "Acho que foi um momento de fragilidade, de misturas de emoções que o prefeito colocou dessa forma, que seria a oposição [responsável pelo atentado]. Acredito que a polícia é eficiente e vai trazer à tona a verdade e acabar com essa especulação toda", disse o vice.


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