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88% querem presença do Exército em SP
Polícia investiga elo do PCC em homicídio na zona leste
Avó da noiva de delegado e dois suspeitos morrem durante intensa troca de tiros
Criminosos encapuzados
invadiram residências sem
anunciar assalto; policial
havia prendido 4 membros
da facção na última quarta
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia investiga o envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital) numa invasão a uma casa na Penha, zona
leste de SP, anteontem à noite.
A avó da noiva de um delegado
e dois suspeitos foram mortos.
Um deles foi identificado como
Diego Rodrigo Nazareth, 23. O
pai da namorada do policial foi
baleado e, depois, internado.
Ele não corre risco de morte.
Na última quarta-feira, Alexandre Muñoz, 29, delegado
plantonista do 58º Distrito Policial, na Vila Formosa (zona
leste), acompanhou a prisão de
quatro suspeitos de integrarem
a facção. Eles eram acusados de
planejar ataque a um DP.
Por volta das 23h de anteontem, dois homens invadiram a
residência da namorada do delegado, quando a irmã dela chegava com o marido.
Lá, renderam e levaram cinco das seis pessoas da casa -inclusive o delegado- para o andar superior do sobrado. Um
teria dito "você vem comigo",
para Muñoz. O outro bandido
ficou no piso térreo com o pai,
Antonio, e falou "você já era!",
antes de disparar dois tiros em
sua direção.
Com o barulho, o criminoso
do piso superior desceu. Muñoz, que pegou dois revólveres
numa gaveta, o seguiu e trocou
mais de 40 tiros com ele, que
caiu morto na cozinha.
Na residência vizinha estavam seus avós. Na rua, nova
troca de tiros, agora entre o segundo suspeito, o delegado e a
PM, acionada por vizinhos.
Mais duas mortes: a do bandido
e da avó da noiva, Neide, que
saíra de casa.
"Pode ter sido crime organizado, assalto ou vingança", diz
Calixto Calil Filho, delegado do
10º Distrito Policial, na Penha,
que investiga o caso. Ele procura por um terceiro suspeito que
estava em frente à casa. O mais
estranho, conta Calil Filho, é
que em momento algum os
bandidos, que estavam encapuzados e usavam telefone celular
para se comunicar, anunciaram
assalto. Nada foi levado da residência na zona leste.
No enterro, parentes da vítima disseram que os bandidos
mortos exibiam tatuagens alusivas à facção criminosa.
"Um deles tinha escrito na
barriga "bandido nato" e outro a
sigla PCC na cabeça", disse
João (nome fictício), irmão de
criação do viúvo, ontem. Segundo a polícia, Muñoz não recebeu ameaças.
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