DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Diego Salsedo, 21, entrou no vôo 3054 pensando na última prova que faria hoje, em São Paulo, para se tornar piloto da TAM. Aprovado em todas as três etapas anteriores de seleção, faria o teste final.
Já estava decidido a trocar Porto Alegre por São Paulo e o emprego de piloto na NHT Linhas Aéreas, uma companhia local, pela TAM.
Depois da tragédia, o pai dele, Luiz Antônio Salsedo, chegou ao Aeroporto Internacional Salgado Filho às 13h de ontem para viajar a São Paulo. Com apenas uma pasta nas mãos, levava dentro uma cópia da arcada dentária do filho.
"É muito triste. Não existe consolo numa hora dessas. Ele estava indo realizar um sonho. Não há como explicar o que estou sentindo", disse.
Diego havia concluído há três anos o curso de Ciências Aeronáuticas na PUC-RS e, desde que começou a faculdade, sonhava em trabalhar em uma grande companhia aérea.
O vôo disponibilizado pela TAM para o pai do piloto partiria de Porto Alegre 24 horas depois do 3054, sob o número 3106. Segundo a TAM, por meio de sua assessoria, é procedimento padrão das companhias aéreas trocar o número de vôos regulares, como o 3054, quando acontece uma tragédia, por isso o pai do piloto viajou no vôo 3106, que substituiu na grade da empresa o 3054.


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