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Piloto diz que pista "está perfeita" e crê em falha humana
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Associação
de Pilotos e Proprietários de
Aeronaves, George Sucupira,
66, diz não acreditar que motivos técnicos ligados à pista ou à
aeronave possam ter causado o
acidente de anteontem com o
vôo JJ 3054, da TAM.
A maior possibilidade, afirma
o piloto, ressaltando tratar-se
de "especulação", é a de "um erro de avaliação" de seu colega
ao tocar o solo.
Sucupira disse não acreditar
que tenha havido aquaplanagem e descartou a possibilidade
de que a falta de ranhuras na
pista do aeroporto de Congonhas possa ter contribuído para
o acúmulo de água e o acidente
de anteontem.
Segundo ele o "grooving", como são conhecidas as ranhuras,
era uma solução indispensável
quando a pista não tinha a inclinação necessária para escoar a
água. Com as obras recentes,
ele afirma, "a pista tem a inclinação técnica determinada"
para não acumular água. Ademais, vários aeroportos no
mundo operam sem as tais ranhuras, ele diz. "Não é a pista.
Já voei nela. Está perfeita", declarou Sucupira.
Sobre a derrapagem do vôo
da empresa Pantanal, na segunda-feira, ele diz que fatos
assim "são indesejáveis, mas
acontecem", e que não é um
efeito de derrapagem que joga
um avião em alta velocidade
para além do fim da pista.
Ao falar do avião, disse ser
pouco provável um problema
técnico, já que o equipamento
era novo (tinha, segundo ele, 23
mil horas de vôo; "Isso não é
nada, e ele acabou de fazer revisão") e há recursos extras de
controle quando algum equipamento falha. "Todo sistema do
avião tem redundância", afirmou o piloto.
Para Sucupira, não há relação
entre a crise aérea e o acidente
de anteontem. E também não
há insegurança: "É muito seguro voar no Brasil. Temos segurança de Primeiro Mundo".
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