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Cidades engolem os aeroportos, diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
Aeroportos americanos
sem áreas de escape de ao
menos 305 metros ao final
da pista instalaram estrutura de concreto maleável
que amortece o avião em
caso de problema.
Os pneus do avião passam no concreto do equipamento, enquanto são
freados, o que diminui a
velocidade. Catorze aeroportos possuem o sistema
nos EUA.
A necessidade da adaptação surge porque "cidades crescem e acabam engolindo os aeroportos", diz
o secretário para a América Latina da Associação
Internacional de Aeroportos, Eduardo Flores.
"Com a popularização
da aviação, esses aeroportos, cercados de áreas residenciais, ficam pequenos.
Ou se ampliam ou devem
mudar de lugar", diz.
A Cidade do México está
ampliando seu aeroporto,
sem prédios altos por perto. Quito, no Equador,
constrói um novo.
Especialista no desenho
de aeroportos, o professor
de engenharia civil Adib
Kanafani, da Universidade
da Califórnia em Berkeley,
diz que a escolha da localização de um aeroporto depende de "acesso e risco".
Que não seja tão distante que desestimule os passageiros nem tão perto do
risco de tragédias. Kanafani acha que grandes aeroportos devem ser fora de
grandes cidades, "ainda
mais em áreas tão densas".
"Nos EUA, quando um
aeroporto está no meio da
cidade, há um embargo para certos aviões maiores
ou até de acordo com as
condições climáticas",
afirma.
(RJL)
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