São Paulo, domingo, 19 de julho de 2009

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NY mede quantidade de chumbo no Central Park

Parque mais famoso de Manhattan tem excesso de partículas finas e ozônio

Departamento ambiental diz que cidade diminuiu poluentes ao restringir tráfego e devido a ausência de indústrias na região

JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

O parque mais famoso de Manhattan sofre as mesmas consequências do restante da ilha: excesso de partículas finas e de ozônio. Segundo dados do Departamento de Conservação Ambiental de NY, o parque e o restante da cidade estão conseguindo diminuir o nível de poluentes com uma combinação de restrição ao tráfego e ausência de indústrias na região.
De 2000 a 2008, os números do Departamento mostram que as partículas finas caíram de 18,5 microgramas/m3 para 15,9 microgramas/m3.
Mesmo com a redução, Manhattan normalmente não consegue atingir o Padrão Nacional de Qualidade do Ar para esse poluente. Outras substâncias encontradas no parque já estão dentro dos padrões, como o monóxido de carbono, que diminuiu de 3 partes por milhão para 1,2 parte por milhão de 2000 a 2008.
Para melhorar a qualidade do ar em Nova York, a prefeitura lançou o PlaNYC, um projeto que inclui medidas voltadas para qualidade do ar, da água, terra, energia, transporte e efeitos de mudanças climáticas. Para lidar com a qualidade do ar, por exemplo, o plano prevê estímulo ao transporte de massa, monitoramento do ar e plantio de árvores.
Ao contrário do Ibirapuera, o Central Park não apresenta problemas com chumbo, segundo as autoridades.
Uma pesquisa da Universidade Columbia (EUA) publicada na revista científica "ACS" mostra que, ao longo do século 20, os poluentes presentes no lago do Central Park diminuíram nas últimas décadas.
A contaminação por chumbo em Nova York é um problema relacionado a moradias antigas e afeta principalmente as famílias de baixa renda segundo o Departamento de Saúde.
O chumbo foi banido como componente da gasolina e das tintas usadas em residências na década de 1970, mas ainda há casos de contaminação.
Dados do relatório "Prevenindo a contaminação por chumbo" do Departamento de Saúde mostram que as crianças mais afetadas são as menores de três anos. A meta é erradicar a contaminação por chumbo até 2010. Os efeitos para a saúde incluem danos neurológicos, que afetam o aprendizado e o comportamento.
Em 2007, 620 crianças e jovens com menos de 18 anos foram identificadas com sinais de contaminação por chumbo. A maioria mora em casas construídas antes de 1950 e 88% tinham menos de seis anos.


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