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NY mede quantidade de chumbo no Central Park
Parque mais famoso de Manhattan tem excesso de partículas finas e ozônio
Departamento ambiental diz que cidade diminuiu poluentes ao restringir tráfego e devido a ausência de indústrias na região
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O parque mais famoso de
Manhattan sofre as mesmas
consequências do restante da
ilha: excesso de partículas finas
e de ozônio. Segundo dados do
Departamento de Conservação
Ambiental de NY, o parque e o
restante da cidade estão conseguindo diminuir o nível de poluentes com uma combinação
de restrição ao tráfego e ausência de indústrias na região.
De 2000 a 2008, os números
do Departamento mostram
que as partículas finas caíram
de 18,5 microgramas/m3 para
15,9 microgramas/m3.
Mesmo com a redução, Manhattan normalmente não
consegue atingir o Padrão Nacional de Qualidade do Ar para
esse poluente. Outras substâncias encontradas no parque já
estão dentro dos padrões, como o monóxido de carbono,
que diminuiu de 3 partes por
milhão para 1,2 parte por milhão de 2000 a 2008.
Para melhorar a qualidade
do ar em Nova York, a prefeitura lançou o PlaNYC, um projeto que inclui medidas voltadas
para qualidade do ar, da água,
terra, energia, transporte e
efeitos de mudanças climáticas. Para lidar com a qualidade
do ar, por exemplo, o plano
prevê estímulo ao transporte
de massa, monitoramento do
ar e plantio de árvores.
Ao contrário do Ibirapuera, o
Central Park não apresenta
problemas com chumbo, segundo as autoridades.
Uma pesquisa da Universidade Columbia (EUA) publicada na revista científica "ACS"
mostra que, ao longo do século
20, os poluentes presentes no
lago do Central Park diminuíram nas últimas décadas.
A contaminação por chumbo
em Nova York é um problema
relacionado a moradias antigas
e afeta principalmente as famílias de baixa renda segundo o
Departamento de Saúde.
O chumbo foi banido como
componente da gasolina e das
tintas usadas em residências
na década de 1970, mas ainda
há casos de contaminação.
Dados do relatório "Prevenindo a contaminação por
chumbo" do Departamento de
Saúde mostram que as crianças
mais afetadas são as menores
de três anos. A meta é erradicar
a contaminação por chumbo
até 2010. Os efeitos para a saúde incluem danos neurológicos, que afetam o aprendizado
e o comportamento.
Em 2007, 620 crianças e jovens com menos de 18 anos foram identificadas com sinais de
contaminação por chumbo. A
maioria mora em casas construídas antes de 1950 e 88% tinham menos de seis anos.
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