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Hospitais atendem a menos casos da gripe
Sete instituições apontam queda em SP; segundo ministério, do dia 9 ao 15 houve 111 casos graves no país, ante 794 na semana anterior
Órgão diz que números podem ser um "indicativo preliminar" de tendência de queda, mas que dados não são totalmente atualizados
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A procura de pacientes com
gripe nos hospitais de São Paulo caiu. A Folha consultou ontem seis das dez instituições
privadas de referência e quatro
disseram ter notado diminuição na busca pelo pronto-socorro. O mesmo ocorreu no
Hospital das Clínicas.
O Ministério da Saúde também informou ontem que os
casos da gripe A (H1N1) podem
estar mesmo recuando no país.
De 9 a 15 de agosto, foram registrados 111 casos graves da nova
gripe e 3 da sazonal -outros
4.171 estão em investigação. Na
semana anterior, foram 794 casos graves e, nas últimas semanas de julho, a média foi de 800.
No total, o país registra 368
mortes pela doença, 151 no Estado de São Paulo (no último
boletim estadual eram 134).
A pasta diz que os dados podem ser um "indicativo preliminar" de tendência de queda,
mas ressalva que, talvez, não
reflitam a realidade, pois muitos Estados não os atualizaram.
No boletim da semana anterior, por exemplo, havia registro de 102 casos graves -que
foram atualizados para 794.
No Hospital Albert Einstein,
o número de pacientes com síndrome gripal caiu de 40% a
50% na semana passada, em relação à anterior. No Sírio-Libanês, a queda foi de 30% nos últimos cinco dias, a mesma do HC.
A tendência de recuo também foi observada pelo laboratório Fleury, que faz exames de
hospitais privados. Segundo o
responsável pelo setor de infectologia, Celso Granato, o número de exames diários caiu de
140 para 50. Isso, diz ele, pode
ser reflexo da redução do número de casos graves, já que
eles são a maioria dos testados.
Além disso, atualmente, de
10% a 15% dos testes dão positivo para gripe A. Nas semanas
anteriores, eram de 50% a 70%.
Granato pondera, entretanto,
que é cedo para dizer que a
doença está recuando. Os novos
resultados dos exames podem
ser reflexo de mudanças recentes em São Paulo, onde grávidas
e crianças de dois anos, mesmo
com sintomas leves, passaram a
ser testadas. Antes, o exame só
era feito em casos graves.
Um dos fatores para a mudança, dizem especialistas, é a
melhora do tempo. Mas eles
avisam que a procura pode
crescer com a volta às aulas.
(TALITA BEDINELLI e JOHANNA NUBLAT)
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