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PF pedirá à Islândia a extradição de Hosmany Ramos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal confirmou
ontem à noite a prisão na Islândia, na semana passada, do médico Hosmany Ramos, foragido
do Brasil desde janeiro, quando
deixou a cadeia para passar o
Natal com a família e não voltou. Segundo a PF, governo
brasileiro já providenciava a
documentação para pedir a extradição à Justiça islandesa.
A polícia brasileira disse ainda já estar em contato com as
autoridades islandesas para
que Hosmany continue na prisão até que o processo de extradição seja concluído. Tanto a
Interpol quanto o juiz que condenou o médico já foram informados do caso.
No final da tarde, o Ministério da Justiça disse desconhecer a prisão de Hosmany que,
condenado, cumpria pena de
47 anos de prisão por homicídio, roubo de joias e carros, tráfico de drogas e contrabando
quando fugiu para o exterior.
A informação da prisão de
Hosmany Ramos também foi
confirmada pela companhia
Geração Editorial, que publica
seus livros no Brasil.
Segundo o editor Luiz Fernando Emediato, que divulgou
nota ontem, o médico foi condenado a 15 dias de prisão na Islândia por tentar entrar no país
com um passaporte falso em
nome do irmão, já morto.
A pena, diz a editora, foi atenuada de 30 para 15 dias porque Hosmany confessou o crime de falsidade ideológica. Segundo a editora, ele, que já trabalhou com Ivo Pitanguy, pensa em ficar na Islândia para
atuar como médico, caso tenha
autorização do governo local.
"Ele também virou uma celebridade na Islândia. Todas as
rádios, TVs e jornais falam no
grande médico e criminoso
Hosmany Ramos", afirma a nota da editora.
O governo islandês ofereceu
um defensor público a Hosmany, que também conseguiu a
assistência de um advogado
particular para ajudar no caso.
Após a prisão, Hosmany deu
entrevistas à TV local comparando a detenção a um hotel
quatro estrelas. "Em uma cela
deste tamanho, eles colocariam
de 30 a 40 prisioneiros no Brasil", disse ele, que conta estar
sozinho em um espaço com TV,
computador e iPod. O médico
brasileiro pediu ainda asilo político no país, dizendo-se sentir
"ameaçado" caso volte a ser
preso no Brasil.
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