São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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PF pedirá à Islândia a extradição de Hosmany Ramos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal confirmou ontem à noite a prisão na Islândia, na semana passada, do médico Hosmany Ramos, foragido do Brasil desde janeiro, quando deixou a cadeia para passar o Natal com a família e não voltou. Segundo a PF, governo brasileiro já providenciava a documentação para pedir a extradição à Justiça islandesa.
A polícia brasileira disse ainda já estar em contato com as autoridades islandesas para que Hosmany continue na prisão até que o processo de extradição seja concluído. Tanto a Interpol quanto o juiz que condenou o médico já foram informados do caso.
No final da tarde, o Ministério da Justiça disse desconhecer a prisão de Hosmany que, condenado, cumpria pena de 47 anos de prisão por homicídio, roubo de joias e carros, tráfico de drogas e contrabando quando fugiu para o exterior.
A informação da prisão de Hosmany Ramos também foi confirmada pela companhia Geração Editorial, que publica seus livros no Brasil.
Segundo o editor Luiz Fernando Emediato, que divulgou nota ontem, o médico foi condenado a 15 dias de prisão na Islândia por tentar entrar no país com um passaporte falso em nome do irmão, já morto.
A pena, diz a editora, foi atenuada de 30 para 15 dias porque Hosmany confessou o crime de falsidade ideológica. Segundo a editora, ele, que já trabalhou com Ivo Pitanguy, pensa em ficar na Islândia para atuar como médico, caso tenha autorização do governo local.
"Ele também virou uma celebridade na Islândia. Todas as rádios, TVs e jornais falam no grande médico e criminoso Hosmany Ramos", afirma a nota da editora.
O governo islandês ofereceu um defensor público a Hosmany, que também conseguiu a assistência de um advogado particular para ajudar no caso.
Após a prisão, Hosmany deu entrevistas à TV local comparando a detenção a um hotel quatro estrelas. "Em uma cela deste tamanho, eles colocariam de 30 a 40 prisioneiros no Brasil", disse ele, que conta estar sozinho em um espaço com TV, computador e iPod. O médico brasileiro pediu ainda asilo político no país, dizendo-se sentir "ameaçado" caso volte a ser preso no Brasil.


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