No quinto atentado em menos de 48 horas, um carro da polícia foi alvo ontem de tiros na zona norte

A PM vai intensificar o monitoramento de facções e aumentar o patrulhamento em áreas como a av. Brasil

DIANA BRITO
DO RIO

A Polícia Militar do Rio entrou em estado de alerta após um novo ataque criminoso a um veículo da corporação durante a madrugada de ontem na Ilha do Governador (zona norte da cidade).
Foi o quinto ataque contra PMs em menos de 48h.
O carro, onde estavam dois policiais do batalhão local, foi alvejado a tiros por uma dupla em uma motocicleta próximo a uma favela. Nem os policiais nem a dupla de criminosos ficaram feridos. Apenas o parabrisa do veículo foi danificado. Segundo a polícia, chegou a ocorrer troca de tiros, mas os suspeitos fugiram.
Na noite de quinta-feira, dois carros da corporação foram atacados a tiros em Bonsucesso, na zona norte da cidade. Um policial ficou ferido de raspão. Na manhã de anteontem o sargento Leopoldo das Neves Nascimento, 43, do batalhão de Jacarepaguá, foi morto quando criminosos com coletes e fuzis atiraram na direção de uma padaria na zona oeste.
No mesmo ataque, o cabo Francis Pereira Mendonça, 32, ficou ferido. Dois funcionários e um cliente do estabelecimento também.
Na tarde de anteontem, bandidos atacaram um carro de policiais do Batalhão do Estácio no viaduto Paulo de Frontin, na zona norte do Rio. Eles estavam em um táxi e, ao serem abordados por policiais, atiraram.
Os ataques continuaram e, na noite de anteontem, dois ladrões de moto jogaram uma granada na avenida Brasil para escapar de uma perseguição também feita por PMs. O artefato de fabricação caseira explodiu. Os estilhaços atingiram um ônibus e uma van ferindo uma pessoa.
Em nota, o porta-voz da PM, coronel Henrique Lima Castro, afirmou que não há nada que aponte para ações orquestradas contra PMs. "Os fatos ocorridos nos últimos dias foram pontuais."
A PM afirma que intensificará o monitoramento a movimentação de facções e aumentará o patrulhamento nos acessos às vias especiais como avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha com apoio do Batalhão de Choque.


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