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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003

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SP 450

Lojas fundadas no começo do século 20 sobreviveram às crises e viram a cidade virar metrópole

Comércio "do tempo da onça" resiste no centro

ROBERTO DE OLIVEIRA
DA REVISTA

Eles sobreviveram às turbulências provocadas por sucessivas crises financeiras, passaram por pacotes econômicos, adaptaram-se às mudanças de moedas. Ao longo dos anos, testemunharam o apogeu e a decadência de seu território, o centro paulistano. Por incrível que pareça, são estabelecimentos que nasceram nas últimas décadas do século 19 e começo do 20, quando a cidade virava metrópole, e resistem até hoje.
"Graças ao mercado exportador de café e à expansão das rodovias, o processo de modernização de São Paulo foi acelerado. Em pouco tempo, o comércio passou da simples compra e venda feitas em mulas a uma complexa rede de negócios", conta a historiadora Marisa Midori Deaecto, 29, autora de "Comércio e Vida Urbana na Cidade de São Paulo (1889-1930)", (editora Senac, 235 páginas, R$ 40).
A combinação entre produto, atendimento, ambiente e tradição talvez ajude a explicar a permanência de algumas poucas empresas, acredita o professor Dilson Gabriel dos Santos, 61, da Faculdade de Economia e Administração da USP. "Elas acabaram criando um nicho. Permanecem fiéis às origens, atendendo a um determinado perfil de consumidor, muitas vezes, netos e bisnetos dos compradores iniciais", diz.
Num segmento extremamente volátil como o comércio, não é tarefa fácil. Entre 1965 e 1998, apenas três das 25 grandes empresas do comércio paulistano sobreviveram. Dois anos depois, as três tinham ido à falência.
"Organizar a sucessão é outra tarefa dificílima, talvez o aspecto mais difícil da continuidade, a hora de passar o bastão", diz o economista Marcel Solimeo, 66, da Associação Comercial.
A Revista visitou esses sobreviventes para saber quem está segurando o bastão.


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