São Paulo, sexta-feira, 19 de outubro de 2007

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Secretário de Segurança quer evitar que violência goiana invada Distrito Federal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto os homens da Força Nacional atuam prioritariamente em sete municípios de Goiás, a começar por Luziânia, o Distrito Federal monta uma blindagem na área de divisa com o Estado para que a violência não migre até a capital.
"Eles [criminosos] vão querer vir para cá e nós vamos fazer uma verdadeira parede em nossas divisas", disse o secretário de Segurança Pública do DF general Cândido Vargas. "A idéia é fazer um trabalho preventivo, de saneamento, para que a Força Nacional em Goiás não mova os bandidos para cá", explicou o comandante da Polícia Militar do DF, coronel José Serra.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do DF, nas dez cidades-satélites que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (RIDE), o índice de homicídios de janeiro a junho deste ano foi de 13,96 a cada 100 mil habitantes. Nos municípios goianos, para o mesmo período, o índice é de 21,97. A Baixada Fluminense, uma das regiões mais violentas do país, contabiliza 21 homicídios a cada 100 mil habitantes.
Para os crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), as dez cidades-satélites do DF que fazem parte do entorno apresentaram o índice de 1,79, número quatro vezes maior do que o da Baixada, de 0,42.
"Não queremos tirar nada do DF, mas queremos um "upgrade" para fazer frente as demandas reprimidas da região", disse o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller, ao propor que o Estado receba 10% do Fundo Constitucional do DF para investir em segurança. "10% para Goiás é impossível", afirmou o secretário de Segurança Pública do DF, general Cândido Vargas.
O governo de Goiás só aceitou receber a Força Nacional após acordo em que o governo do DF se comprometeu a arcar com parte das despesas. Os gastos com alimentação e alojamento ficam a cargo do governo federal, que calcula uma diária de R$ 150 por pessoa.
O reforço federal vai começar com um grupo de 130 homens que será aumentado gradativamente até chegar a 500. Em princípio, a intervenção é de seis meses, prorrogáveis por mais seis. A Força Nacional já atuou no Espírito Santo, no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, durante os jogos Pan-americanos. Na semana passada, o Maranhão recebeu o reforço federal depois de deflagrada greve da Polícia Civil do Estado. (MLR)


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