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Secretário de Segurança quer evitar que violência goiana invada Distrito Federal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto os homens da Força Nacional atuam prioritariamente em sete municípios de
Goiás, a começar por Luziânia,
o Distrito Federal monta uma
blindagem na área de divisa
com o Estado para que a violência não migre até a capital.
"Eles [criminosos] vão querer vir para cá e nós vamos fazer
uma verdadeira parede em nossas divisas", disse o secretário
de Segurança Pública do DF general Cândido Vargas. "A idéia
é fazer um trabalho preventivo,
de saneamento, para que a Força Nacional em Goiás não mova
os bandidos para cá", explicou o
comandante da Polícia Militar
do DF, coronel José Serra.
De acordo com a Secretaria
de Segurança Pública do DF,
nas dez cidades-satélites que
compõem a Região Integrada
de Desenvolvimento do Entorno (RIDE), o índice de homicídios de janeiro a junho deste
ano foi de 13,96 a cada 100 mil
habitantes. Nos municípios
goianos, para o mesmo período,
o índice é de 21,97. A Baixada
Fluminense, uma das regiões
mais violentas do país, contabiliza 21 homicídios a cada 100
mil habitantes.
Para os crimes de latrocínio
(roubo seguido de morte), as
dez cidades-satélites do DF que
fazem parte do entorno apresentaram o índice de 1,79, número quatro vezes maior do
que o da Baixada, de 0,42.
"Não queremos tirar nada do
DF, mas queremos um "upgrade" para fazer frente as demandas reprimidas da região", disse
o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller,
ao propor que o Estado receba
10% do Fundo Constitucional
do DF para investir em segurança. "10% para Goiás é impossível", afirmou o secretário
de Segurança Pública do DF,
general Cândido Vargas.
O governo de Goiás só aceitou receber a Força Nacional
após acordo em que o governo
do DF se comprometeu a arcar
com parte das despesas. Os gastos com alimentação e alojamento ficam a cargo do governo federal, que calcula uma diária de R$ 150 por pessoa.
O reforço federal vai começar
com um grupo de 130 homens
que será aumentado gradativamente até chegar a 500. Em
princípio, a intervenção é de
seis meses, prorrogáveis por
mais seis. A Força Nacional já
atuou no Espírito Santo, no
Mato Grosso do Sul e no Rio de
Janeiro, durante os jogos Pan-americanos. Na semana passada, o Maranhão recebeu o reforço federal depois de deflagrada greve da Polícia Civil do
Estado.
(MLR)
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