São Paulo, sexta-feira, 19 de outubro de 2007

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entrevista

Promotor defende censura

DA AGÊNCIA FOLHA

O promotor de Justiça Fábio Trajano diz que cabe censura a publicidades abusivas.

 

FOLHA - O que levou à ação?
FÁBIO TRAJANO
- Consumidores do interior do Estado ficaram indignados. Pessoas de outros Estados também reagiram. Na nossa avaliação, havia uma conotação sexual, principalmente depois do episódio de uma modelo [Daniela Cicarelli] em uma praia [trocando carícias com um empresário]. A publicidade veio logo depois.

FOLHA - Não acha que houve um certo conservadorismo?
TRAJANO
- Na comunidade há muitos conservadores e esses devem ser respeitados: idosos e religiosos, sem contar crianças e adolescentes. Não é a visão do promotor isolada. Representações chegaram.

FOLHA - Não há outras propagandas mais abusivas?
TRAJANO
- Há, mas é difícil combater. Há outros casos, como um comercial que mostrava Brasil x Argentina e o argentino ia dar um carrinho e batia no outdoor. Recebemos representação de um argentino porque o filho não ia mais ao colégio por motivo de chacota. O Conar entendeu que não havia abusividade. Eu acho que incentivava um tratamento desrespeitoso.

FOLHA - Não pode ser encarado como censura?
TRAJANO
- É censura. É uma obrigação impedir que publicidade abusiva seja veiculada.


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