São Paulo, sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

entrevista

Associação diz que decisão é "absurda"

DA AGÊNCIA FOLHA

O diretor da Associação dos Profissionais de Propaganda, André Porto Alegre, diz que considera o caso "um absurdo sob todos os aspectos".

 

FOLHA - O que o sr. acha da decisão?
ANDRÉ PORTO ALEGRE
- É um absurdo sob todos os aspectos, a começar porque, se existe uma atividade neste país que tem auto-regulamentação, é a atividade publicitária. A opção de entrar na Justiça vai contra a postura moderna e eficiente que a propaganda tem de resolver seus conflitos, inclusive aqueles que desagradam ao consumidor, pelo Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária). No momento em que você apela, sem discutir o mérito, essa discussão termina aí.

FOLHA - Há casos em que isso já ocorreu?
PORTO ALEGRE
- Há um histórico de bons exemplos de anúncios que foram sustados ou alterados [pelo Conar] por reclamação de consumidores que se sentiram ofendidos.

FOLHA - E a multa?
PORTO ALEGRE
- No que os R$ 500 mil vão fazer efetivamente diferença com relação à peça publicitária? Todas as pessoas que viram e se sentiram ofendidas receberão remuneração? Era isso que elas queriam? Possivelmente não. Por que punir a empresa com esse valor? Ela não jogou petróleo no rio.


Texto Anterior: Grife é multada pela Justiça por usar modelos sem roupa
Próximo Texto: Entrevista: Promotor defende censura
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.