São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008

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Para sindicato dos guias, sujeira também pode inibir turismo

DA REPORTAGEM LOCAL

"É complicado ver o semblante do turista que chega no Teatro Municipal ou na praça Ramos e sente aquele cheiro desagradável", diz Carlos Roberto Silvério, diretor do Sindegtur-SP (Sindicato dos Guias de Turismo do Estado de São Paulo) e dono de agência especializada em turismo na capital.
"É um grande problema, um dos elementos inibidores de um tour no centro, com certeza. Mas vamos fazer o quê? Não temos como desviar o turista dos pontos históricos."
No último dia 10 de maio, dia do guia de turismo, os profissionais fizeram um ato simbólico: cerca de 50 deles tomaram vassouras e varreram as ruas do centro, "para mostrar que a cidade poderia ser mais limpa", diz Silvério, que estava entre os limpadores.
"É lógico, é gritante a mendicância, a sujeira e a falta de higiene da região central", diz. "Mas isso não é peculiaridade de São Paulo, a região central é sempre um problema, porque cidades assim não nascem turísticas", diz.
"É que não é nosso papel maquiar a cidade para receber o turista, mas sim destacar outros aspectos da cidade. Não se está mais na época em que se passava por grandes avenidas, como a marginal, e se pedia para o turista fechar a cortina do ônibus para não ver a favela. A abordagem hoje é valorizar o que a cidade tem."


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