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Para sindicato dos guias, sujeira também pode inibir turismo
DA REPORTAGEM LOCAL
"É complicado ver o semblante do turista que chega no
Teatro Municipal ou na praça
Ramos e sente aquele cheiro
desagradável", diz Carlos Roberto Silvério, diretor do Sindegtur-SP (Sindicato dos Guias
de Turismo do Estado de São
Paulo) e dono de agência especializada em turismo na capital.
"É um grande problema, um
dos elementos inibidores de
um tour no centro, com certeza. Mas vamos fazer o quê? Não
temos como desviar o turista
dos pontos históricos."
No último dia 10 de maio, dia
do guia de turismo, os profissionais fizeram um ato simbólico: cerca de 50 deles tomaram
vassouras e varreram as ruas do
centro, "para mostrar que a cidade poderia ser mais limpa",
diz Silvério, que estava entre os
limpadores.
"É lógico, é gritante a mendicância, a sujeira e a falta de higiene da região central", diz.
"Mas isso não é peculiaridade
de São Paulo, a região central é
sempre um problema, porque
cidades assim não nascem turísticas", diz.
"É que não é nosso papel maquiar a cidade para receber o
turista, mas sim destacar outros aspectos da cidade. Não se
está mais na época em que se
passava por grandes avenidas,
como a marginal, e se pedia para o turista fechar a cortina do
ônibus para não ver a favela. A
abordagem hoje é valorizar o
que a cidade tem."
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