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INFÂNCIA PERDIDA
Governo diz que 6.827 crianças de até 14 anos foram retiradas do trabalho infantil desde o início do ano
Ministério destaca efeito de fiscalização
DA SUCURSAL DO RIO
Segundo o Ministério do Trabalho, responsável pela fiscalização
do trabalho infantil, 6.827 crianças de até 14 anos foram retiradas
dessa condição em 2003. O diretor do Departamento de Fiscalização, Leonardo Oliveira, disse desconhecer os dados do IBGE que
mostram aumento no número de
crianças trabalhando.
De acordo com ele, o ministério
combate o trabalho infantil com
base em um mapa das diversas
atividades econômicas. As informações são fornecidas por parceiros (ONGs, prefeituras e governos
estaduais). Essas entidades não
teriam alertado para nenhum
crescimento do fenômeno.
A única alteração constatada foi
o aumento do número de crianças em lixões da região metropolitana de Recife, disse Oliveira.
A secretária de Política de Assistência Social do Ministério da Assistência Social, Nelma de Azeredo, disse que o governo federal
discute a necessidade de ampliar
o combate ao trabalho infantil para atender as crianças das regiões
metropolitanas, com ações focadas nas famílias.
"Quando a taxa de desemprego
sobe, as taxas de trabalho infantil
também sobem. É um fenômeno
horroroso, que precisa ser atacado. É uma prioridade do governo,
mas que demanda orçamento."
Desde 1996, o governo federal
procura combater o trabalho infantil por meio do Peti (Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil). Entretanto, por priorizar o
fim do trabalho infantil degradante, insalubre e danoso, como
em canaviais e minas de carvão, o
programa atinge mais as áreas rurais e as cidades menores do país.
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