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Formato é ilegal, diz procurador
DA REPORTAGEM LOCAL
Autor de um famoso parecer
que considerou, em 1998, inconstitucionais as organizações sociais
do setor de saúde, o procurador
dos Direitos do Cidadão, Wagner
Gonçalves, diz que irá renovar pedido para que o procurador-geral
da República entre com ações
contra o modelo.
Uma das idéias da equipe do
prefeito eleito de São Paulo, José
Serra (PSDB), é expandir as organizações sociais na cidade.
"Acho que é inconstitucional,
uma maneira de burlar o controle
público, a Lei de Licitações, os limites para gastos com pessoal, a
responsabilidade fiscal. É vilipendiar o SUS [Sistema Único de Saúde]", afirmou.
As entidades surgiram a partir
do plano de reforma do Estado,
elaborado na gestão Fernando
Henrique Cardoso, que estabelece que os serviços de saúde, por
não serem exclusivos do Estado,
poderiam ser transferidos para o
setor público não-estatal, como
foram batizadas as organizações.
O plano foi base para a medida
provisória número 1.591, hoje lei
9.637/98, que deu amparo para
que Estados e municípios passassem a terceirizar serviços.
(FL)
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