São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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"Modelo sempre se compara com outra magra"

ALFREDO FEIERABEND
DA REDAÇÃO

Ingrid Mogen, 18, trabalha desde outubro em uma das maiores agências suecas, a Stockholmsgruppen, e admite que modelos "fora do peso" não conseguem trabalho. "Infelizmente é um mercado que tem um padrão muito rígido. Temos de ser magras pois a roupa cai melhor, mas nada em excesso", diz. Modelo há pouco mais de um ano, Ingrid tem 1,76 m e diz não saber qual é seu peso.
Nascida no Rio de Janeiro, ela trabalhou no Brasil na mesma agência de Ana Carolina Reston e a última vez que esteve com a paulista foi há dois meses. Para Ingrid, Ana Carolina nunca aparentou sofrer de anorexia e era sempre sorridente. "Nunca desconfiei de nada, ela sempre foi magra."
Em defesa da própria classe, ela acredita que toda mulher se compara com outra. "Não são todas as meninas que são anoréxicas, mas acho que toda mulher se compara. Sendo modelo, você não vai se comparar com uma mulher encorpada, vai se comparar com uma tão magra quanto você", afirma.
Ingrid defende a agência brasileira para a qual a colega morta trabalhava. Segundo ela, havia nutricionista e de psicólogo à disposição das jovens.


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