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"Modelo sempre se compara com outra magra"
ALFREDO FEIERABEND
DA REDAÇÃO
Ingrid Mogen, 18, trabalha
desde outubro em uma das
maiores agências suecas, a
Stockholmsgruppen, e admite
que modelos "fora do peso" não
conseguem trabalho. "Infelizmente é um mercado que tem
um padrão muito rígido. Temos de ser magras pois a roupa
cai melhor, mas nada em excesso", diz. Modelo há pouco mais
de um ano, Ingrid tem 1,76 m e
diz não saber qual é seu peso.
Nascida no Rio de Janeiro,
ela trabalhou no Brasil na mesma agência de Ana Carolina
Reston e a última vez que esteve com a paulista foi há dois
meses. Para Ingrid, Ana Carolina nunca aparentou sofrer de
anorexia e era sempre sorridente. "Nunca desconfiei de
nada, ela sempre foi magra."
Em defesa da própria classe,
ela acredita que toda mulher se
compara com outra. "Não são
todas as meninas que são anoréxicas, mas acho que toda mulher se compara. Sendo modelo, você não vai se comparar
com uma mulher encorpada,
vai se comparar com uma tão
magra quanto você", afirma.
Ingrid defende a agência brasileira para a qual a colega morta trabalhava. Segundo ela, havia nutricionista e de psicólogo
à disposição das jovens.
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