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Controle de segurança é do fabricante
CATHARINA NAKASHIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nem a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) nem nenhum órgão brasileiro legisla sobre normas
de segurança para a fabricação de teleféricos.
Como o teleférico é um
quebra-cabeças gigante formado por mais de cem peças
diferentes, cada parte tem
um tipo de engenheiro responsável (mecânico, civil,
elétrico etc.) e existem normas técnicas para os componentes, não para o conjunto.
Cada peça deve ter uma
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) emitida
por um engenheiro, segundo
regra do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
Fica a cargo do fabricante a
responsabilidade sobre os
cuidados a serem tomados
na produção final. A JM Teleféricos, fabricante de teleféricos de Varginha (MG),
por exemplo, usa, além das
normas do Crea e da ABNT,
uma legislação da Espanha.
Na fabricação de máquinas
que serão usadas por pessoas, o mínimo é que o coeficiente de segurança seja de
2,5 para 1, afirmou Helder
Paiva, 44, vendedor técnico
da JM. Isso significa que as
espessuras são multiplicadas
por 2,5 e que todos os materiais usados devem passar
por duas vezes e meia mais
checagens. Em um avião de
guerra, por exemplo, o coeficiente é de 1 para 1.
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