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Começa júri de jovens soltos após confissão de "maníaco"
Eles são acusados de agredir sexualmente e matar Vanessa de Freitas, 22, em 2006
Leandro Rodrigues, conhecido como "maníaco de Guarulhos", negou e disse em depoimento que confessou sob tortura
BRUNA SANIELE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No primeiro dia do julgamento de Renato Correia de
Brito, 24, William César de Brito Silva, 28, e Wagner Conceição da Silva, 25, acusados de
agredir sexualmente e matar
Vanessa Batista de Freitas, 22,
em agosto de 2006, Leandro
Basílio Rodrigues, que ficou conhecido como "maníaco de
Guarulhos", disse em depoimento que só confessou o crime por ter sido torturado.
Renato, William e Wagner,
que sempre haviam alegado
inocência e denunciavam ter
confessado sob tortura, ficaram presos por dois anos e foram libertados por ordem da
Justiça em setembro, após a
confissão de Rodrigues. Os dois
PMs que atenderam o caso e o
delegado negaram as agressões.
Eles foram as três primeiras
testemunhas de acusação ontem. Rodrigues foi a quarta.
Apesar de terem sido libertados por ordem judicial, os rapazes foram a júri porque a ação
contra eles não foi extinta com
a ordem de soltura.
Rodrigues, que foi preso no
final de agosto sob acusação de
matar uma moça, confessou, a
princípio, mais de 50 estupros,
segundo a polícia. Após investigações, ele foi apontado como
responsável por pelo menos oito homicídios, entre eles o de
Vanessa. Em setembro, porém,
ao ser interrogado por um juiz,
negou dois crimes, entre eles a
morte de Vanessa.
Ontem, no julgamento, ele
voltou a negar e disse que confessou o crime sob tortura.
Antes do depoimento de Rodrigues, o promotor responsável pelo caso, Manoel Levy
Magno, já dizia que Renato e os
amigos cometeram o crime.
Vanessa era ex-companheira
de Renato e tinha um filho com
ele. Para a família da jovem, os
amigos a mataram porque Renato não queria pagar pensão.
Ontem, foram ouvidas nove
testemunhas. Duas foram chamadas para esclarecer o testemunho de Kátia Soraia dos Reis
Cardoso, ex-advogada de Wagner. Ela afirmou ter presenciado, na delegacia, um tapa no
rosto de William na época em
que foi preso. Questionada por
não ter feito uma denúncia, ela
disse que procurou a OAB. Airton Trevisan, presidente da
OAB Guarulhos, e Cláudio Ávila, presidente da Comissão de
Assistência Judiciária da entidade, confirmaram que a advogada fez uma denúncia oral,
mas que não a formalizou. O
julgamento continua hoje.
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