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EDUARDO PORTUGAL ALBUQUERQUE
(1954-2009)
O arquiteto de uma família que ergueu obras em SP
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Décadas antes de Eduardo
Portugal Albuquerque vir ao
mundo, seu avô registrou
com uma câmera 16 mm o
nascimento de alguns prédios
na São Paulo dos anos 30.
Eduardo, que se formou em
arquitetura pela PUC de
Campinas em 1979, tinha como um dos passatempos prediletos assistir às antigas imagens feitas pelo antepassado.
Seus dois avôs, por sinal,
eram envolvidos com arquitetura e engenharia. Um deles, Alexandre Albuquerque,
trabalhou na construção da
catedral da Sé. O outro, Heitor Portugal, tinha uma construtora que fez o viaduto do
Chá, no centro da cidade.
Mas não termina aí a preponderância da engenharia
no clã: o pai e o irmão também
se formaram na área.
Logo após a faculdade, Duda, como era chamado, atuou
no departamento de patrimônio do Itaú, por uns dois anos.
Era um amante do mar e de
praias, e foi trabalhar depois
num projeto para a implantação de uma cooperativa de
pescadores no litoral de SP.
Daí, abriu o próprio escritório de arquitetura, ao qual se
dedicou até o mês passado.
Gostava de estar num canteiro de obras, e não numa sala.
Como diz a prima Beatriz,
Duda a cada hora arrumava
algo diferente para fazer. Teve, por exemplo, a fase de jogar pelota basca, a de esquiar
em represas com amigos, ou
ainda a de fotografar a família.
Ele morreu na quinta-feira,
aos 55, de um tumor no pulmão. Deixa dois filhos. A missa de sétimo dia será no sábado, às 11h, na capela do hospital Santa Catarina, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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