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Justiça derruba outra liminar contra Enem
MEC argumentou que uma nova prova para todos que se sentissem prejudicados poderia atrapalhar o exame
Desembargador alegou que havia possibilidade de "grave lesão à ordem pública" caso a liminar ainda fosse mantida
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
O Ministério da Educação
conseguiu derrubar ontem a
decisão que determinava a
aplicação do Enem para todos os alunos que receberam
prova com erro de impressão
ou que tiveram dificuldade
decorrente da inversão de cabeçalhos no cartão-resposta.
A decisão do TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª
Região), que suspendeu a liminar, só saiu à noite.
Mais cedo, o ministro da
Fernando Haddad (Educação) dizia que a liminar da
Justiça Federal do Ceará poderia atrapalhar o exame.
Na decisão de ontem, o
presidente do TRF-5, desembargador Luiz Alberto Gurgel
de Faria, considerou que havia possibilidade de "grave
lesão à ordem pública".
Argumentou que a liminar
da Justiça Federal do Ceará
adotou critério subjetivo,
permitindo que todos "que se
sentissem prejudicados" pudessem refazer o exame.
"Não se pode admitir que
paixões a teses jurídicas venham aflorar e contaminar o
Judiciário, a ponto de se pretender a reforma de decisão
por quem não possui competência para tanto, trazendo
insegurança jurídica para
milhões de jovens atônitos (e
suas famílias) à espera da definição das respectivas situações escolares", afirmou o
desembargador, em sua decisão, fazendo referência à liminar da juíza federal Karla
de Almeida Miranda Maia.
Ela havia determinado a
suspensão na semana passada, mas o MEC conseguiu
derrubar a decisão.
O MEC levará em frente a
ideia de aplicar, em dezembro, novo exame só para os
alunos que receberam prova
com erro de impressão e que
não conseguiram trocá-la.
Na semana passada, o ministério identificou cerca de
200 estudantes nessa situação, mas o balanço final só
deve ser apresentado hoje.
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