|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PF prende 19 acusados de fazer "disque-droga" no Rio
MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO
Dezenove pessoas foram presas pela Polícia Federal acusadas de pertencer a uma quadrilha de tráfico de drogas. Segundo a PF, o grupo possuía integrantes de classe média que intermediavam o tráfico entre "o
morro e o asfalto". A quadrilha
é suspeita de atuar no Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e
Minas Gerais e de movimentar
R$ 1 milhão por semana.
Entre os presos está José
Brasil Fragata, 50, localizado
pela PF em casa, em um condomínio de alto padrão na Barra
da Tijuca, zona oeste do Rio.
As prisões ocorreram nos
quatro Estados. Sete suspeitos
continuavam foragidos até a
conclusão desta edição. Entre
eles estão uma avó, filho e neto
de uma mesma família.
Os pedidos de prisão dos 25
acusados foram expedidos pela
32ª Vara Criminal para a operação "Naufrágio" -batizada
assim em razão do sobrenome
do preso José Brasil Fragata,
acusado de ser um dos principais traficantes de cocaína da
zona oeste do Rio. Um dos detidos, suspeitos de integrar a
quadrilha, foi preso por portar
uma arma ilegal -o suspeito
não tinha mandado contra ele.
A Folha não conseguiu localizar os advogados dos acusados até a conclusão desta edição. Na operação, foram
apreendidos nove carros e
cumpridos 19 mandados de
busca e apreensão.
De acordo com as investigações da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecente), a droga entrava no Brasil pelo Paraná e por Mato Grosso do Sul e
seguia para a favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio.
Segundo a PF, Fragata vendia cocaína para os clientes
principalmente por meio de
"disque-drogas", no qual o
cliente liga para um número e
recebe em casa a droga.
O delegado-chefe da DRE,
Victor César Carvalho Santos,
disse que a droga vinha do Paraguai e chegava a Paulo Henrique Godinho dos Santos, acusado de integrar o tráfico da favela do Jacarezinho.
Segundo o delegado, Santos
distribuía a droga para Sandro
Pinheiro Muniz e Eduardo
Bruno Garcia Pinto, também
presos durante a operação, que
redistribuíam o entorpecente
entre os outros integrantes da
quadrilha. "Muniz e Pinto
eram o elo do grupo entre o
morro e o asfalto. A cocaína era
vendida para consumidores de
classe média alta da zona sul e
da zona oeste", afirmou.
Já Alessandro Araújo, 35,
também era, diz a PF, um dos
fornecedores da quadrilha que
buscava a cocaína em Minas.
Seu filho, Pablo Araújo, 19, e
sua mãe, Janete Araújo, 62,
participavam das ações criminosas, disseram os policiais.
Alessandro e Pablo estão foragidos. A PF não informou se
Janete foi ou não presa.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Ex-deputado estadual é fuzilado no Rio Índice
|