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Governo Lula irá se reunir com senador para evitar retaliação
Ministério das Relações Exteriores diz que já há reunião marcada com político que parou a votação de medida que beneficia o país
Horas antes da decisão do parlamentar, a Advocacia Geral da União já havia ido ao STF contra decisão de manter o menino Sean no Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo Lula já se mobiliza
para tentar reverter a decisão
do Senado dos Estados Unidos
de retaliar o país com sanções
econômicas depois de a Justiça
brasileira ter decidido manter o
menino no Brasil.
A assessoria de imprensa do
Ministério das Relações Exteriores afirmou, no início da noite de ontem, que a Embaixada
do Brasil em Washington está
acompanhando a suspensão da
tramitação do projeto que renova o SGP (Sistema Geral de
Preferências), programa de
isenção tarifária que beneficia
as exportações brasileiras.
Segundo a assessoria, já há
uma reunião marcada com o
senador democrata Frank Lautenberg, autor do pedido de
suspensão do SGP, para discutir o assunto.
A Presidência da República
afirmou que apenas o Ministério das Relações Exteriores se
manifestaria sobre o caso.
Mandado de segurança
Horas antes, a AGU (Advocacia Geral da União) e o pai do
menino Sean Goldman, 9, David Goldman, já haviam entrado com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal), contestando a liminar proferida anteontem pelo ministro Marco Aurélio Mello, que suspendeu a entrega do
garoto ao consulado americano
no Rio de Janeiro.
Desde que a disputa chegou
ao Judiciário, a AGU sempre se
manifestou favorável à devolução do menino ao pai.
Em junho deste ano, a AGU
-que pediu para ser ouvida no
caso- enviou documento ao
STF afirmando que, na primeira vez que Sean foi questionado, respondeu que seria "indiferente" ficar no Brasil ou voltar para os Estados Unidos.
O mandado de segurança
ainda não havia sido distribuído até o fechamento desta edição e não poderá mais ser analisado pelo ministro Marco Aurélio, cuja decisão é contestada.
O STF entrou ontem em recesso. Com isso, o menino Sean
deve ficar no Brasil até fevereiro quando voltará a se reunir a
1ª Turma do tribunal, composta pelos ministros Marco Aurélio, Carlos Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e José Antonio Dias Toffoli.
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