São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 2009

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Governo Lula irá se reunir com senador para evitar retaliação

Ministério das Relações Exteriores diz que já há reunião marcada com político que parou a votação de medida que beneficia o país

Horas antes da decisão do parlamentar, a Advocacia Geral da União já havia ido ao STF contra decisão de manter o menino Sean no Brasil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo Lula já se mobiliza para tentar reverter a decisão do Senado dos Estados Unidos de retaliar o país com sanções econômicas depois de a Justiça brasileira ter decidido manter o menino no Brasil.
A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores afirmou, no início da noite de ontem, que a Embaixada do Brasil em Washington está acompanhando a suspensão da tramitação do projeto que renova o SGP (Sistema Geral de Preferências), programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras.
Segundo a assessoria, já há uma reunião marcada com o senador democrata Frank Lautenberg, autor do pedido de suspensão do SGP, para discutir o assunto.
A Presidência da República afirmou que apenas o Ministério das Relações Exteriores se manifestaria sobre o caso.

Mandado de segurança
Horas antes, a AGU (Advocacia Geral da União) e o pai do menino Sean Goldman, 9, David Goldman, já haviam entrado com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal), contestando a liminar proferida anteontem pelo ministro Marco Aurélio Mello, que suspendeu a entrega do garoto ao consulado americano no Rio de Janeiro.
Desde que a disputa chegou ao Judiciário, a AGU sempre se manifestou favorável à devolução do menino ao pai.
Em junho deste ano, a AGU -que pediu para ser ouvida no caso- enviou documento ao STF afirmando que, na primeira vez que Sean foi questionado, respondeu que seria "indiferente" ficar no Brasil ou voltar para os Estados Unidos.
O mandado de segurança ainda não havia sido distribuído até o fechamento desta edição e não poderá mais ser analisado pelo ministro Marco Aurélio, cuja decisão é contestada.
O STF entrou ontem em recesso. Com isso, o menino Sean deve ficar no Brasil até fevereiro quando voltará a se reunir a 1ª Turma do tribunal, composta pelos ministros Marco Aurélio, Carlos Ayres Britto, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e José Antonio Dias Toffoli.


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