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Vítimas terão de recorrer à Justiça por indenização
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os familiares dos mortos e
dos feridos no desabamento da
Igreja Renascer terão de recorrer à Justiça se quiserem ser indenizados. Não existe na legislação municipal lei que obrigue
prédios a fazerem seguro. Os
condomínios comerciais ou residenciais assegurados fazem
isso por decisão dos proprietários, não por obrigação legal.
Há três tipos de indenização
a serem reivindicados judicialmente, segundo Teresa Ancona
Lopes, professora titular de direito civil da USP: por danos
materiais, morais e estéticos.
O primeiro caso é o mais simples de ser entendido. Numa
ação judicial, a vítima ou os parentes dela podem pedir indenização pelos gastos com hospitais, com dias parados ou, em
caso de morte, pelos salários
que receberia até completar 70
anos. A indenização pode ser
paga pela igreja ou pela prefeitura, caso fique provado que
houve negligência na concessão de alvará.
O dano moral é para reparar
a eventual perda por problemas
na integridade física, psíquica
ou moral, segundo a professora
da USP. É o chamado preço da
dor. "O dano moral não precisa
ser provado. Basta que a pessoa
declare que sofreu um abalo
psíquico", afirma ela.
O dano estético refere-se a
questões de integridade física
-rosto deformado, por exemplo. É possível acumular dano
material, moral e estético. "A
tendência do STJ [Superior
Tribunal de Justiça] é separar
dano estético do dano moral e
somar os valores das indenizações", diz a professora.
O criminalista Ademar Guerra diz que foi procurado por familiares de vítimas para constituir uma associação com o objetivo de processar a Renascer e
a prefeitura. "Muitos fiéis têm
uma ligação afetiva com a igreja
e preferem processar a prefeitura", afirma o advogado.
A Renascer informou que está dando toda a assistência às
vítimas, embora não exista nenhum seguro que cubra os prejuízos dos frequentadores.
A Renascer disponibilizou
uma central telefônica -0/xx/
11/4004-4002- para dar informações sobre as vítimas.
Colaborou EVANDRO SPINELLI, da Reportagem
Local
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