|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CARLOS MAAG (1921-2010)
Inaugurou a escola Suíço-Brasileira ao som dos filhos
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Todo ano, Carlos Maag ia à
Suíça imaginando ficar por lá,
mas dava dois, três meses, e
ele acabava voltando para o
Brasil. Filho de pai suíço e
mãe alemã, não conseguia se
decidir entre os dois países -amava-os por igual.
A paixão pelo país tropical
começou com seu pai, que inicialmente planejava ir para a
Argentina de navio, mas, no
caminho, resolveu fazer uma paradinha no Rio de Janeiro.
O destino original saiu imediatamente dos planos. O pai
ficou no Brasil, conheceu
uma pintora alemã na cidade,
casou-se e veio para SP. Na rua Sete de Abril, na capital paulista, Carlos nasceu.
O vínculo com a Suíça sempre foi mantido. Foi naquele país que Carlos começou na farmacêutica Ciba-Geigy, empresa em que ficaria por longos 40 anos -aposentou-se como diretor da divisão de
corantes, aqui no Brasil.
Quando trabalhou para a firma em Portugal, conheceu a mulher, Frieda, professora.
Em São Paulo, dedicou-se à comunidade suíça. No fim da década de 1960, inaugurou a pedra fundamental da escola Suíço-Brasileira com os três filhos tocando música clássica durante o evento.
Uma filha e um neto estudaram no colégio e outra filha chegou a se tornar professora e coordenadora de lá.
Homem discreto, cortês e chamado de "gentleman" pelos amigos, dedicou-se ainda à Beneficência Suíça. Adorava viajar e pescar, mas a aposentadoria para ele não significou
descanso completo -continuou fazendo assessorias.
Morreu na terça da semana passada, aos 88 anos, de complicações de saúde. Deixa três
filhos e quatro netos.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Foco: Polícia testa carro anfíbio para ajudar no resgate de vítimas de enchentes Índice
|