São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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CARLOS MAAG (1921-2010)

Inaugurou a escola Suíço-Brasileira ao som dos filhos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Todo ano, Carlos Maag ia à Suíça imaginando ficar por lá, mas dava dois, três meses, e ele acabava voltando para o Brasil. Filho de pai suíço e mãe alemã, não conseguia se decidir entre os dois países -amava-os por igual.
A paixão pelo país tropical começou com seu pai, que inicialmente planejava ir para a Argentina de navio, mas, no caminho, resolveu fazer uma paradinha no Rio de Janeiro.
O destino original saiu imediatamente dos planos. O pai ficou no Brasil, conheceu uma pintora alemã na cidade, casou-se e veio para SP. Na rua Sete de Abril, na capital paulista, Carlos nasceu.
O vínculo com a Suíça sempre foi mantido. Foi naquele país que Carlos começou na farmacêutica Ciba-Geigy, empresa em que ficaria por longos 40 anos -aposentou-se como diretor da divisão de corantes, aqui no Brasil.
Quando trabalhou para a firma em Portugal, conheceu a mulher, Frieda, professora.
Em São Paulo, dedicou-se à comunidade suíça. No fim da década de 1960, inaugurou a pedra fundamental da escola Suíço-Brasileira com os três filhos tocando música clássica durante o evento.
Uma filha e um neto estudaram no colégio e outra filha chegou a se tornar professora e coordenadora de lá.
Homem discreto, cortês e chamado de "gentleman" pelos amigos, dedicou-se ainda à Beneficência Suíça. Adorava viajar e pescar, mas a aposentadoria para ele não significou descanso completo -continuou fazendo assessorias.
Morreu na terça da semana passada, aos 88 anos, de complicações de saúde. Deixa três filhos e quatro netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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