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PMs do Amazonas são acusados de planejar mortes de superiores
Sete tiveram prisão decretada; escuta registrou a combinação, diz corregedoria
TALITA BEDINELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Sete policiais militares do
Amazonas foram presos por
suspeita de planejar a morte do
comandante e do subcomandante do batalhão em que trabalham em Manaus.
Os sete policiais -dois sargentos, quatro soldados e um
cabo- tiveram a prisão preventiva decretada anteontem à tarde e foram levados para quatro
prisões da corporação.
Segundo a Corregedoria da
Polícia Militar do Amazonas,
escutas telefônicas registraram
conversas, no sábado, sobre o
planejamento das mortes do
major Luís Gonzaga e do capitão Norberto Mathias, respectivamente comandante e subcomandante do 10º Batalhão da
Polícia Militar. De acordo com
informações da Corregedoria
da PM, as escutas tiveram autorização judicial, pois os policiais são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas.
"Faço os dois"
Segundo o corregedor-geral
da Polícia Militar do Amazonas, Euler Cordeiro, em uma
das conversas, o soldado Leandro Garcia Coelho diz ao soldado Vilson dos Santos Oliveira:
"Basta arrumar um caboclo
bom de moto e duas máquinas
[armas] que eu faço os dois".
Os soldados investigados
combinavam encontro para
"armar o negócio". Eles diziam
que seriam necessárias duas armas para o crime. Coelho dizia
que tinha uma escopeta, achada em sua casa na segunda.
De acordo com o corregedor,
também foram encontrados
um capuz e um revólver 38 na
casa do sargento Enilson de
Oliveira. As armas não eram registradas. Houve ainda gravações de conversas sobre o plano
entre os soldados Alexandre
Batista de Oliveira e Robson
Nunes. Os outros policiais presos eram mencionados nos diálogos gravados. Um processo
administrativo será aberto para
avaliar se os sete continuarão
na PM do Amazonas.
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