São Paulo, quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

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PMs do Amazonas são acusados de planejar mortes de superiores

Sete tiveram prisão decretada; escuta registrou a combinação, diz corregedoria

TALITA BEDINELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

Sete policiais militares do Amazonas foram presos por suspeita de planejar a morte do comandante e do subcomandante do batalhão em que trabalham em Manaus.
Os sete policiais -dois sargentos, quatro soldados e um cabo- tiveram a prisão preventiva decretada anteontem à tarde e foram levados para quatro prisões da corporação.
Segundo a Corregedoria da Polícia Militar do Amazonas, escutas telefônicas registraram conversas, no sábado, sobre o planejamento das mortes do major Luís Gonzaga e do capitão Norberto Mathias, respectivamente comandante e subcomandante do 10º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com informações da Corregedoria da PM, as escutas tiveram autorização judicial, pois os policiais são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas.

"Faço os dois"
Segundo o corregedor-geral da Polícia Militar do Amazonas, Euler Cordeiro, em uma das conversas, o soldado Leandro Garcia Coelho diz ao soldado Vilson dos Santos Oliveira: "Basta arrumar um caboclo bom de moto e duas máquinas [armas] que eu faço os dois".
Os soldados investigados combinavam encontro para "armar o negócio". Eles diziam que seriam necessárias duas armas para o crime. Coelho dizia que tinha uma escopeta, achada em sua casa na segunda.
De acordo com o corregedor, também foram encontrados um capuz e um revólver 38 na casa do sargento Enilson de Oliveira. As armas não eram registradas. Houve ainda gravações de conversas sobre o plano entre os soldados Alexandre Batista de Oliveira e Robson Nunes. Os outros policiais presos eram mencionados nos diálogos gravados. Um processo administrativo será aberto para avaliar se os sete continuarão na PM do Amazonas.


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