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Infraero quer fazer reforma sem licitação
DA REPORTAGEM LOCAL
A Infraero quer fazer, sem
licitação, a reforma da pista
principal do aeroporto de
Congonhas. O custo é estimado em R$ 17 milhões.
De acordo com o presidente da Infraero, José Carlos
Pereira, há duas alternativas:
fazer uma contratação emergencial ou aditar o atual contrato de ampliação do prédio.
Pereira afirmou que fazer
uma nova licitação demoraria pelo menos um ano e
meio e que a Infraero não pode esperar todo esse tempo.
A pista principal tem de ser
fechada toda vez que o nível
de água atinge 3 mm.
O prefeito Gilberto Kassab
(PD, o antigo PFL) disse ontem que vai a Brasília no dia
27 para pedir aos ministros
do TCU (Tribunal de Contas
da União) que autorizem o
aditamento do contrato. O
tribunal afirmou não dar esse tipo de autorização.
Para o professor em administração pública da Unesp
Álvaro Guedes e a advogada
especialista em licitações
Maria Isabel Calmon, esse
aditamento é irregular e pode ser investigado pelo Ministério Público mesmo com
aval do TCU. "Isso é típica
falta de planejamento", disse
ele. "Isso fere o princípio da
igualdade", afirmou ela.
O deputado Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP),
autor do requerimento que
pediu a criação da CPI do
Apagão Aéreo, criticou a Infraero. "É impossível que esse problema acontecesse
sem previsão. A Infraero não
cuidou de licitar a obra com
essa finalidade e agora quer
fazer sem licitação."
O governo federal teme a
criação da CPI do Apagão Aéreo porque pode atingir contratos feitos pela Infraero.
As obras da pista auxiliar
do aeroporto estão sendo feitas por um consórcio formado pela Camargo Corrêa,
OAS e Galvão Engenharia.
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