São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2008

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TORTURA

Delegada suspeita que mãe de vítima seja cúmplice

DA AGÊNCIA FOLHA

A mãe da garota de 12 anos vítima de tortura em Goiânia e o marido da principal acusada do crime também deverão ser indiciados pela polícia.
De acordo com a delegada Adriana Accorsi, Joana Darc da Silva, 42, mãe da menina, deve ser incluída no inquérito como cúmplice dos crimes de cárcere privado e tortura.
Segundo Accorsi, é pouco provável que ela não soubesse das agressões. "Ela me disse que esteve com a filha no dia 27. E, nessa data, pelo que pudemos avaliar nas cicatrizes, ela já estava machucada. Acho muito pouco provável que uma mãe não notasse isso."
Accorsi diz que o pai, que é separado, era o único inocente na história.
Joana Darc da Silva nega participação no crime. "Jamais. Não existe isso", disse. "Se soubesse que ela [Lima] era esse monstro, não teria deixado minha filha lá. Não sou louca."
Ela afirma que Lima sempre se mostrou uma ótima pessoa nas visitas que fez à filha e que não via as marcas na menina.
O marido de Lima, o engenheiro Marco Antônio Calabresi Lima, 42, negou ontem em depoimento que soubesse dos maus-tratos. "Eu viajava muito, era ausente na casa."
Segundo a delegada, no entanto, ele afirmou que a menina lhe pediu ajuda. "Mas ele disse que Sílvia implorou para que ele não a levasse e ele obedeceu."
Ele será indiciado sob acusação de omissão.


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