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MEC determina fechamento de dois cursos de direito no Rio
Outras cinco instituições precisarão cortar, no total, mais de 1.400 vagas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Educação
determinou o fechamento de
dois cursos de direito no Rio
de Janeiro e o corte de 1.482
vagas em outros cinco.
Deverão suspender novos
processos seletivos em seus
cursos de direito a Universidade Castelo Branco e a Faculdade Brasileira de Ciências
Jurídicas, ambas no Rio. Os estudantes já matriculados poderão seguir normalmente na instituição, mas novos vestibulares estão vetados.
As medidas são decorrentes
de um processo de supervisão
iniciado em 2007 em 81 cursos
que tiveram baixas taxas de
aprovação no exame da Ordem
dos Advogados do Brasil e
conceitos 1 e 2 no Enade (Exame Nacional de Desempenho
de Estudantes) de 2006, tanto
no conceito que avalia os
universitários quanto no que
mede o conhecimento agregado pela instituição. A nota máxima do Enade é 5.
Em agosto de 2008, após a
realização da primeira etapa
da supervisão, 24.380 vagas
foram cortadas no país. Também foram feitas outras exigências, como a qualificação do
corpo docente e a melhoria na
infraestrutura universitária.
O fechamento dos cursos e o
corte de vagas são resultado da
constatação feita pelo MEC de
que as instituições não cumpriram essas determinações.
A Universidade Castelo
Branco e a Faculdade Brasileira
de Ciências Jurídicas ainda podem recorrer da decisão do ministério ao CNE (Conselho Nacional de Educação) em até 30
dias e disseram que o farão.
As duas alegam que cumpriram as exigências feitas na
época da supervisão.
Corte
A maior parte das vagas que
terão de ser cortadas está na
Uninove, de São Paulo. Serão
1.210 postos no seu curso de direito da capital. O objetivo da
medida é reduzir o número de
alunos por professor. A instituição não se manifestou até o
fechamento desta edição.
Também deverão cortar vagas os cursos de direito da Universidade Metropolitana de
Santos, da Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino (MT), das Faculdades
Integradas de Três Lagoas
(MS) e do Centro Universitário
Nilton Lins (AM).
Nenhuma delas ligou de volta após o contato da Folha.
Também ontem o ministério
abriu processo administrativo
para fechar ou cortar vagas
em seis cursos. Entre eles, estão os de direito oferecidos pela maior universidade do país,
a Unip, em três cidades do Estado de São Paulo: Santana do
Parnaíba, Santos e São José
dos Campos. O caso dessas instituições, no entanto, ainda é
reversível, uma vez que elas
têm 15 dias para apresentar
defesa ao ministério.
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