São Paulo, quinta, 20 de março de 1997.

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Governo não fornece remédios

do enviado especial

Em Uganda, como em quase todos os países abaixo do Saara, os governos não oferecem medicamentos nem para a Aids, nem para as doenças oportunistas. A ajuda mais importante vem de instituições beneficentes ligadas a diferentes igrejas.
Na grande maioria dos casos, quando a doença está avançada, o paciente é colocado em um ônibus e mandado para morrer em sua comunidade. Nos hospitais públicos não há leitos nem remédios.
Em algumas localidades rurais, não há mais homens em idade produtiva para cuidar das roças. Estima-se que na África estejam 60% dos casos de Aids do mundo.
Beatrice Were acredita que a velocidade da epidemia esteja diminuindo nas capitais, mas continuaria crescendo nas áreas rurais.
A doença aumenta especialmente entre mulheres de 15 a 20 anos, que se iniciam sexualmente com homens mais velhos. ``Eles imaginam que com as meninas correrão menos risco de pegar Aids'', diz Beatrice.
Especialistas lembram que a epidemia de Aids no Brasil está tomando os mesmos rumos observados na África. O número de infectados entre homossexuais e usuários de drogas tende a diminuir, enquanto o contágio entre heterossexuais vem crescendo.

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