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Governo não fornece remédios
do enviado especial
Em Uganda, como em quase todos os países abaixo do Saara, os
governos não oferecem medicamentos nem para a Aids, nem para
as doenças oportunistas. A ajuda
mais importante vem de instituições beneficentes ligadas a diferentes igrejas.
Na grande maioria dos casos,
quando a doença está avançada, o
paciente é colocado em um ônibus
e mandado para morrer em sua
comunidade. Nos hospitais públicos não há leitos nem remédios.
Em algumas localidades rurais,
não há mais homens em idade produtiva para cuidar das roças. Estima-se que na África estejam 60%
dos casos de Aids do mundo.
Beatrice Were acredita que a velocidade da epidemia esteja diminuindo nas capitais, mas continuaria crescendo nas áreas rurais.
A doença aumenta especialmente entre mulheres de 15 a 20 anos,
que se iniciam sexualmente com
homens mais velhos. ``Eles imaginam que com as meninas correrão
menos risco de pegar Aids'', diz
Beatrice.
Especialistas lembram que a epidemia de Aids no Brasil está tomando os mesmos rumos observados na África. O número de infectados entre homossexuais e
usuários de drogas tende a diminuir, enquanto o contágio entre
heterossexuais vem crescendo.
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