MARCO DE CASTRO
DO "AGORA"

O estudante de administração de empresas Alex Sandro Honorato Soares, 26, foi morto com um tiro no peito por assaltantes que roubaram o seu carro, na noite de anteontem, na avenida Irerê, no Planalto Paulista (zona sul de São Paulo).
De acordo com uma testemunha, Soares foi assassinado porque demorou a entregar a chave do veículo, que contém o dispositivo de alarme.
Um dos assassinos foi preso pela Polícia Militar depois de uma perseguição e de uma troca de tiros. O outro criminoso conseguiu fugir e, até a noite de ontem, ainda não havia sido encontrado pela polícia.
O latrocínio (roubo com ocorrência de morte) aconteceu às 23h50 de quarta-feira. O estudante havia parado seu carro, um Fiat modelo Brava de cor preta, para conversar com uma amiga dele, que estava na calçada. Nesse momento, os criminosos, armados, o surpreenderam.
O universitário foi, então, obrigado a sair do veículo. De acordo com a polícia, Soares saiu com o dispositivo de alarme, acoplado à chave, na mão e demorou para entregá-lo à dupla. Irritado com a demora, um dos criminosos atirou contra o seu peito.
Soares chegou a ser socorrido no PS Sabóia, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
Policiais militares que estavam em patrulhamento na região procuraram e encontraram o carro do estudante ainda circulando na área. Ao notarem a presença dos policiais, os bandidos tentaram escapar.
Teve início, então, uma perseguição que terminou apenas na rua das Oiticicas, no bairro do Jabaquara (zona sul de São Paulo). Ao chegarem à rua, os criminosos perderam o controle do veículo, que acabou por se chocar contra um muro.
De acordo com os policiais militares que participaram da perseguição e da troca de tiros, ambos os criminosos desceram do carro atirando contra a polícia. Ninguém foi baleado.
Depois do breve tiroteio, os policiais militares conseguiram prender um dos criminosos, um jovem de 20 anos. Ele estava com uma pistola 380. Seu comparsa fugiu correndo.
O delegado Ubiracyr Pires da Silva, do 35º Distrito Policial (Jabaquara), afirmou à reportagem que, no momento da prisão, o criminoso disse que quem havia atirado contra o estudante era o seu comparsa.
Testemunhas do crime, no entanto, dizem que ele foi o autor do disparo. Em seu interrogatório, o acusado negou informações à polícia, dizendo que só falaria sobre o ocorrido em juízo. As informações são da polícia.
Depois do assassinato, um motoboy entrou em contato com a polícia, dizendo que estava sendo assaltado pela dupla de criminosos, quando os bandidos viram o Brava de Soares e resolveram roubar o carro do estudante. Seu capacete e chave da moto foram encontrados no Brava.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia já possui a identidade do assaltante fugitivo e espera prendê-lo nos próximos dias.

Roubo a farmácias
Anteontem, em São Paulo, foi preso um acusado de roubar 12 farmácias da Vila Mariana (zona sul) em pouco mais de um ano.
O acusado foi preso ao tentar roubar uma farmácia pela segunda vez. Segundo a polícia, ele agia armado (ou fingindo estar armado) e sempre fugia correndo.


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