DO AGORA

A polícia afirma que as lacrações de máquinas na capital continuam e que ainda não há denúncias registradas de policiais envolvidos em acertos com comerciantes. Diz também que aguarda determinação da Justiça para que todas as máquinas da capital sejam destruídas.
De acordo com o delegado titular do setor de inteligência do Decap, Luis Storm, as fiscalizações seguem em "ritmo acelerado". Desde abril, teriam sido lacradas 5.940 -uma média de 200 por dia.
Storm se disse surpreso, ao ser informado pela reportagem, de que havia máquinas em funcionamento na mesma rua em que trabalha. "Mas, antes disso, já havíamos intensificado a fiscalização em locais próximos a prédios públicos e escolas."
A polícia designou três agentes e um delegado para que centralizem todas as investigações relacionadas à lacração das máquinas de caça-níquel na cidade.

Pessoas insistentes
O delegado responsável pelo inquérito unificado, Maurício Del Trono Crosche, discorda dos números levantados pela reportagem, mas admite, por outro lado, alta incidência de máquinas em funcionamento. "Estamos numa das maiores cidades do mundo. O combate é constante, mas as pessoas são insistentes."
Ele diz não ter recebido denúncia da participação de policiais na manutenção das máquinas. "Se isso acontecer, encaminharei à corregedoria, do mesmo modo que houver denúncia contra advogados ou juízes." (CMB)


Texto Anterior: Bares e restaurantes da capital mantêm caça-níqueis ativos
Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: Outra cidade
Índice