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Secretaria pede multa a empresas de gás hospitalar
Companhias são suspeitas de formação de cartel e fraude
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de apreender documentos e ouvir testemunhas, a
SDE (Secretaria de Direito
Econômico) decidiu recomendar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a aplicação do valor máximo
de multa às empresas White
Martins, AGA S/A, Air Liquide,
Air Products e IBG (Indústria
Brasileira de Gases), acusadas
de cartel de gases hospitalares.
Se o Cade seguir a recomendação, elas deverão ser condenadas a pagar 30% do faturamento obtido em 2002, ano anterior ao início da investigação.
Além do cartel, que dividiria
o país em áreas de influência e
definiria de antemão o percentual de participação de cada
companhia, as empresas são
suspeitas de fraudar licitações e
instituir preço mínimo para
produtos usados em domicílio.
O processo foi concluído em
janeiro de 2007, mas as empresas obtiveram na Justiça o retorno à SDE para que apresentassem sua defesa. Depois de
ouvir as testemunhas, a SDE
deve publicar suas conclusões
no "Diário Oficial" da União.
Segundo apurou a Folha, a
SDE pede punição máxima
com base em três argumentos:
a gravidade da conduta, a particularidade dos produtos vendidos e a falta de colaboração das
empresas durante as investigações federais.
As companhias fornecem gases, como oxigênio e nitrogênio, a hospitais públicos e particulares. Segundo a SDE, o
cartel causou distorções em
quase todas as licitações de
compra desses produtos de
2001 a 2003, pelo menos.
Procuradas pela Folha, a Air
Products e a Air Liquide informaram que só se pronunciarão
após conhecerem a nota da
SDE. A IBG e a AGA não foram
localizadas. A White Martins
negou a prática de cartel e informou que não recebeu oficialmente comunicado da SDE.
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