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Ceará diz não saber o total de vítimas da chuva
GUSTAVO HENNEMANN
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ceará, que contabilizava o
maior número de mortes em
decorrência das chuvas no Nordeste (12 no total), vai rever a
estatística. A Defesa Civil do
Estado voltou atrás e diz agora
que não tem como confirmar
quantas são as vítimas dos temporais desde abril.
Técnicos do órgão foram às
cidades que registraram mortes para apurar a causa do óbito
e produzir um novo relatório.
Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil do Estado,
coronel Henrique Jorge Silva
Santos, o trabalho terá de ser
feito porque as avaliações de
danos enviadas pelas cidades
continham imprecisões.
"Às vezes, o cidadão está pescando e se afoga, mas não foi a
enchente que matou. Precisamos corrigir isso", diz Santos.
Ainda não há um relatório
parcial com os casos confirmados até agora. O número de
mortos deixou de ser contabilizado no boletim diário da Defesa Civil e as informações de óbitos registrados foram apagadas.
O Corpo de Bombeiros, responsável pela Defesa Civil, disse que passou a incumbência da
contagem dos mortos para o
IML (Instituto Médico Legal).
O IML diz, porém, que não
tem como determinar o total de
mortes em razão das chuvas e
que só pode contabilizar os óbitos por afogamento, causados
por diferentes razões.
Segundo a assessoria da Secretaria Nacional de Defesa Civil, a última atualização de dados do Ceará ocorreu na sexta,
quando a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informou
15 mortes por causa das chuvas.
Sem contar os mortos informados anteriormente no Ceará, o total de óbitos causados
pelas chuvas no Nordeste desde abril cai para 29. No Maranhão, dez pessoas morreram.
Quase 300 mil pessoas estão fora de casa. Há 236 cidades em
situação de emergência.
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