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Maior prisão de Nova York tem 4 casos de gripe suína
Um bebê de 16 meses morreu com suspeita de infecção pelo vírus A (H1N1) e pode se tornar a sétima morte na cidade
Em Nova York, há mais de
17 escolas fechadas devido à doença; no Brasil, caiu de 20 para 18 o número de suspeitas de contaminação
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
O temor de uma epidemia de
gripe suína aumentou ontem
em Nova York depois do anúncio da morte de um bebê de 16
meses com suspeita de infecção
pelo vírus A (H1N1).
Em todo o Estado foram contabilizados 267 dos 5.469 casos
confirmados e prováveis da
doença nos EUA, e a cidade foi
palco de uma das seis mortes
associadas ao vírus. A do bebê
poderá ser a segunda morte na
cidade e a sétima no país.
Outro fator que colocou Nova York em alerta foi a confirmação da presença do vírus no
gigantesco complexo prisional
da ilha de Rikers, onde quatro
casos da doença foram detectados até agora. Mais quatro presos apresentaram sintomas e
estão sendo testados.
A transferência dos detidos
para outras instalações foi descartada, mas autoridades estudam medidas como isolar os
doentes para tentar conter um
possível surto dentro dos muros da prisão.
Há também mais de 17 escolas fechadas na cidade, a maioria no bairro de Queens.
Com as notícias negativas, o
prefeito Michael Bloomberg foi
obrigado a rechaçar críticas de
que não está fazendo o suficiente para conter a transmissão do vírus da gripe suína.
"Consultei especialistas e,
mesmo se fechássemos todas
as escolas de Nova York e isolássemos os doentes, não poderíamos interromper a transmissão", disse ele ontem.
Apesar da situação, a vida na
cidade segue normal, com comércio aberto e uso ainda raro
de máscaras respiratórias.
O Centro de Controle de
Doenças dos EUA (CDC) afirma que a maior parte dos casos
são moderados e que os mais
severos estão associados a outras condições médicas prévias
ou a uma gravidez. O órgão notou também um alto número
de casos entre obesos.
Em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde confirmou 9.830 casos e 79 mortes
devido à gripe suína, 95% dos
quais na América do Norte.
O Japão conta hoje 159 casos.
Outros pontos importantes da
infecção estão na Espanha (103
casos) e Reino Unido (101).
Genebra
A diretora-geral da OMS,
Margaret Chan, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se
reuniram ontem com mais de
30 fabricantes de vacinas em
Genebra.
A preocupação das autoridades é que, caso a gripe suína
atinja o estágio de pandemia e
uma vacina comece a ser produzida em larga escala, os fabricantes colaborem com uma
""distribuição justa", sem deixar
de fora os países pobres.
A OMS ainda avalia passar o
alerta para a doença da fase 5
para a fase 6, que indicaria pandemia plena. Vários países pediram, porém, mais estudos.
A hipótese de alerta 6 é considerada devido à proliferação do
vírus em outro continente -o
asiático- que não o americano,
foco inicial da doença. Em caso
de pandemia, há restrições a
viagens e comércio.
No Brasil
O Brasil tem oito casos confirmados da gripe suína e nenhuma morte. O número de casos suspeitos caiu de 20 para 18.
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