São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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Maior prisão de Nova York tem 4 casos de gripe suína

Um bebê de 16 meses morreu com suspeita de infecção pelo vírus A (H1N1) e pode se tornar a sétima morte na cidade

Em Nova York, há mais de 17 escolas fechadas devido à doença; no Brasil, caiu de 20 para 18 o número de suspeitas de contaminação


ANDREA MURTA
DE NOVA YORK

O temor de uma epidemia de gripe suína aumentou ontem em Nova York depois do anúncio da morte de um bebê de 16 meses com suspeita de infecção pelo vírus A (H1N1).
Em todo o Estado foram contabilizados 267 dos 5.469 casos confirmados e prováveis da doença nos EUA, e a cidade foi palco de uma das seis mortes associadas ao vírus. A do bebê poderá ser a segunda morte na cidade e a sétima no país.
Outro fator que colocou Nova York em alerta foi a confirmação da presença do vírus no gigantesco complexo prisional da ilha de Rikers, onde quatro casos da doença foram detectados até agora. Mais quatro presos apresentaram sintomas e estão sendo testados.
A transferência dos detidos para outras instalações foi descartada, mas autoridades estudam medidas como isolar os doentes para tentar conter um possível surto dentro dos muros da prisão.
Há também mais de 17 escolas fechadas na cidade, a maioria no bairro de Queens.
Com as notícias negativas, o prefeito Michael Bloomberg foi obrigado a rechaçar críticas de que não está fazendo o suficiente para conter a transmissão do vírus da gripe suína.
"Consultei especialistas e, mesmo se fechássemos todas as escolas de Nova York e isolássemos os doentes, não poderíamos interromper a transmissão", disse ele ontem.
Apesar da situação, a vida na cidade segue normal, com comércio aberto e uso ainda raro de máscaras respiratórias.
O Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC) afirma que a maior parte dos casos são moderados e que os mais severos estão associados a outras condições médicas prévias ou a uma gravidez. O órgão notou também um alto número de casos entre obesos.
Em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde confirmou 9.830 casos e 79 mortes devido à gripe suína, 95% dos quais na América do Norte.
O Japão conta hoje 159 casos. Outros pontos importantes da infecção estão na Espanha (103 casos) e Reino Unido (101).

Genebra
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se reuniram ontem com mais de 30 fabricantes de vacinas em Genebra.
A preocupação das autoridades é que, caso a gripe suína atinja o estágio de pandemia e uma vacina comece a ser produzida em larga escala, os fabricantes colaborem com uma ""distribuição justa", sem deixar de fora os países pobres.
A OMS ainda avalia passar o alerta para a doença da fase 5 para a fase 6, que indicaria pandemia plena. Vários países pediram, porém, mais estudos.
A hipótese de alerta 6 é considerada devido à proliferação do vírus em outro continente -o asiático- que não o americano, foco inicial da doença. Em caso de pandemia, há restrições a viagens e comércio.

No Brasil
O Brasil tem oito casos confirmados da gripe suína e nenhuma morte. O número de casos suspeitos caiu de 20 para 18.


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