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Escolas usam Copa como tema
de pesquisas, cálculos e poesias
Alunos fazem álbum de figurinhas com bandeiras e calculam probabilidade com tabela
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Com Copa do Mundo também se aprende poesia. Essa foi
a aposta do colégio Vértice, na
zona sul de São Paulo, para ensinar o gênero literário aos alunos do 4º ano. Em grupos, eles
criaram textos com rimas sobre
o mundo do futebol.
Os poemas foram inspirados
em mascotes feitos pelos estudantes nas aulas de educação
artística. Foi lá que Antônio
Carlos Monteiro Filho, 9, criou
o Porcobola -um goleiro meio
urso, meio porco-espinho.
Assim como o Vértice, outras
escolas de São Paulo decidiram
levar o interesse dos alunos sobre o Mundial para além do álbum de figurinhas. O tema é
usado nas aulas de educação artística, educação física, português e até nas de matemática.
"Em ano de Copa, usamos o
tema para incentivar a leitura, a
pesquisa, para abordar questões de ética e de companheirismo", diz Adilson Garcia, diretor do colégio Vértice.
Na escola, além dos poemas e
dos mascotes, os alunos do ensino fundamental já produziram álbuns de figurinhas com
bandeiras dos países participantes e fizeram painéis coloridos com pesquisas sobre assuntos relacionados à Copa.
A pesquisa também foi incentivada na escola Móbile, na
zona sul. Alunos do 4º e 5º anos
do fundamental estudaram a
história das Copas e aprenderam, por exemplo, que, por causa da Segundo Guerra, não houve o torneio em 1942 e 1946.
Nas aulas de matemática, o
evento serviu para aprender
cálculos, como o de saldo de
gols, e noções de probabilidade.
"É importante os alunos entenderem o que são critérios
puramente matemáticos e estatísticos. Para eles, o Brasil
tem sempre 100% de chance de
vencer", brinca Antonio de
Freitas, vice-diretor da escola.
O CEU Butantã, na zona oeste, também envolveu os alunos
no Mundial. Lá, está sendo organizada a 1ª Copa do Mundo
do CEU Butantã, que reunirá
dez times de escolas próximas.
Cada uma representará um
país. Os alunos terão uniforme
com cores características do time e terão que fazer pesquisa
sobre a nação que representam,
para apresentar aos outros participantes. O mesmo será feito
no Santo Américo (zona oeste).
No Pentágono, os alunos já
tiveram videoconferência com
um professor sul-africano e estão produzindo um telejornal
para exibir na época da Copa.
Já no Santa Maria (zona sul),
depois de visitar o Museu do
Futebol, no Pacaembu, aprender a localizar geograficamente
os países participantes e descobrir os hábitos do povo sul-africano, os alunos começaram a
montar coreografias para as
músicas de abertura da Copa.
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