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Policiais do Depatri são afastados
e podem ser acusados de 9 crimes
da Reportagem Local
A Polícia Civil afastou ontem do
serviço os três policiais da Delegacia de Furtos de Fios do Depatri
(Departamento de Investigações
sobre Crimes Contra o Patrimônio) acusados de extorquir R$
5.000 e um Monza de um camelô.
O relatório final da apuração
preliminar da Corregedoria da
Polícia Civil concluiu pela existência, em tese, de nove crimes. Além
dos policiais, outros dois acusados
ainda não foram identificados.
Todos poderão ser acusados de
lesão corporal, violação de domicílio, extorsão mediante sequestro, formação de quadrilha, concussão (crime do funcionário público que exige propina), prevaricação (deixar de cumprir a lei),
violência arbitrária, tortura e abuso de autoridade.
"O relatório da corregedoria é
contundente, que é o que se espera
do órgão apurador quando há denúncias graves como esta", disse
o ouvidor da Polícia de São Paulo,
Benedito Domingos Mariano.
Os policiais já foram reconhecidos por fotografias e pessoalmente. A corregedoria suspeita que os
dois outros acusados sejam informantes. A apuração do caso começou após o camelô ter procuradora a ouvidoria.
De acordo com a denúncia, o camelô estava na estrada de Parelheiros (zona sul de São Paulo) em
seu Monza quando foi parado por
um carro do Depatri com cinco
policiais -um deles seria amigo
de um camelô com quem a vítima
teria brigado havia 20 dias.
Levado a um matagal, ele teria
sido espancado, e sua mulher
obrigada a entregar R$ 5.000 para
soltá-lo. Além do dinheiro, os policiais teriam espancado a vítima e
ficado com o Monza.
"Em dois anos de ouvidoria,
nós já punimos 1.382 policiais",
afirmou o ouvidor. Ele disse que
está preparando um projeto que
visa criar as carreiras de policial-corregedor.
(MG)
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