São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

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PROSTITUIÇÃO INFANTIL

Ainda falta o balanço final da ação da PF em 15 Estados

Operação mobiliza 200 e prende 1

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal em seu balanço preliminar da operação Tamar, de repressão à exploração sexual infantil, informou ontem que abriu quatro inquéritos, interditou quatro casas noturnas e realizou uma prisão.
A ação, iniciada na noite de sexta-feira, mobilizou 200 policiais federais e foi realizada em todo o país. Ainda faltam dados sobre o resultado final da operação em 15 Estados.
A operação Tamar é uma parceria entre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Exploração Sexual Infantil e a PF. A comissão, em seis meses de investigação, visitou mais de 20 locais nos quais crianças e adolescentes trabalham como prostitutas. Além disso, contabiliza mais de 600 denúncias em todo o país.
A PF interditou no Amazonas quatro casas noturnas. No Pará, uma adolescente foi encontrada com um caminhoneiro. Em Rondônia, um homem foi preso em flagrante com uma adolescente e uma mulher em uma suíte de motel. Inquéritos foram instaurados no Distrito Federal, no Pará, no Piauí e em Sergipe.
Até a conclusão desta edição, não havia dados sobre o resultado da ação em 15 Estados.
A senadora Patrícia Saboya (PPS-CE), que preside a CPI, acompanhou, na noite da sexta-feira em Brasília, a fiscalização da PF. O saldo de "batidas" em quatro casas noturnas foi a condução, à delegacia especializada, de uma adolescente e do gerente do estabelecimento.

Vazamento
"Há uma intercomunicação em rede entre essas boates. É importante que esse tipo de operação passe a integrar o trabalho permanente da polícia, porque a repressão é fundamental para o combate à exploração sexual", disse.
Segundo ela, a CPI, que deve concluir seus trabalhos no final deste mês, com a apresentação de um relatório, indicou à PF alguns locais nos quais a comissão constatou a existência de prática de exploração sexual.
A esses dados, a PF acrescentou seus próprios levantamentos, do que restou uma operação deflagrada nas capitais dos Estados e em outras sete cidades do país, como Foz do Iguaçu e Corumbá.
Já a relatora da CPI, a deputada Maria do Rosário Nunes (PT-RS), disse houve vazamento de informação, que prejudicou a Operação Tamar.


Colaborou a Agência Folha, em Manaus

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