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Pesquisa mostra
que SP pode receber mais 11 shoppings
Além dos seis em construção, cidade tem demanda para receber mais cinco centros
ROBERTO DE OLIVEIRA
MALU TOLEDO
DA REVISTA SÃOPAULO
Além dos seis shoppings
em construção, São Paulo
tem condições de receber
cinco novos centros, segundo pesquisa do Ibope-Inteligência, obtida com exclusividade pela revista sãopaulo.
Até 2012, a cidade vai ganhar seis empreendimentos.
Em 1990, SP tinha 15 shoppings. Hoje, eles são 50, e 11
deles estão com tapumes por
causa das obras.
A repaginada inclui tanto
áreas de entretenimento e lazer quanto lojas. E, é claro,
vagas de estacionamento
-hoje são 130 mil, informa a
Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).
De acordo com a pesquisa,
há demanda para construir
dois novos shoppings na zona sul, um na norte, um na
leste e outro na oeste.
Os números provam que
paulistano adora um shopping. Cerca de 2,9 milhões de
pessoas vão a esses centros
por dia na capital paulista.
Até dezembro, quando o
comércio alcança o pico natalino de vendas, São Paulo
terá quase mil novas lojas. Só
em shoppings.
O aumento de dinheiro em
circulação, impulsionado
pela ascensão das classes C e
D, é um dado respeitável.
Tanto que a zona sul vai
ganhar um shopping voltado
para a nova classe média. O
Mais Shopping Largo 13, em
Santo Amaro, é um investimento de R$ 200 milhões.
"É uma classe que quer
ofertas de acordo com as
suas necessidades", explica
Marcos Romiti, CEO da REP
Centros Comerciais, responsável pelo empreendimento.
O shopping classe C vai ter
400 lojas, além de oito salas
de cinema no formato "stadium" (iguais às do Cidade
Jardim, 40 cm de distância
entre uma poltrona e outra).
Quando o assunto é conforto,
não há distinção social. Todos querem ar-condicionado, praça de alimentação e
opções de entretenimento.
FENÔMENO PAULISTANO
Seja na classe A, seja na
classe C, São Paulo exibe outra característica bem peculiar que ajuda a explicar o
"boom" dos shoppings.
É o fenômeno chamado de
"bairrização" da cidade: ou
seja, alguns bairros ostentam
perfil -e dinheiro- de uma
verdadeira cidade grande.
Um bom exemplo é o Pátio
Higienópolis. No final dos
anos 1990, os moradores chegaram a organizar um abaixo-assinado contra a obra.
Hoje, o lugar vive lotado e está prestes a inaugurar uma
nova ala.
Até o trânsito tem contribuído para a proliferação de
shoppings. Como o paulistano não encontra disposição
para encarar mais engarrafamentos por uma simples
comprinha, o ideal é que ele
encontre tudo o mais perto
possível de sua casa.
Mesmo os dois recentes assaltos a lojas no Cidade Jardim não afetaram a popularidade dos shoppings. Luiz
Fernando Veiga, presidente
da Abrasce, afirma que os crimes não afetam a imagem
dos centros comercias. "Nenhum frequentador sofreu
arranhão nos assaltos", diz.
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