São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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Dois dias após o acidente, Fokker-100 da TAM aborta pouso em Congonhas

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dias após o Airbus-A320 da TAM sair da pista principal de Congonhas e colidir contra imóveis, outra aeronave da companhia aérea, um Fokker-100, foi flagrada ontem de manhã abortando o pouso no aeroporto de São Paulo.
A arremetida é uma das hipóteses do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para explicar o acidente com o Airbus. A suspeita é que o avião não desenvolveu velocidade suficiente para decolar novamente.
O jato estava com o trem de pouso acionado, mas arremeteu ainda no ar. Cinco minutos depois, desceu na pista auxiliar. A TAM divulgou nota afirmando que "o procedimento de arremetida consiste em manobra prevista na aviação comercial, sendo realizada por motivo de segurança sempre que o piloto julgar esta ação necessária".
O Fokker havia partido às 6h30 de Maringá (PR) com 44 passageiros. Eles contaram que o piloto os avisou que arremeteria "porque não tinha ângulo necessário para pousar".
Para especialistas, a operação é "normal". "Acontece todo o dia no mundo inteiro", disse o piloto e engenheiro James Waterhouse, professor de engenharia da USP. "Arremeter é mais do que comum, é recomendável", diz Pedro Goldenstein, piloto há 26 anos.
Entre os motivos para um avião arremeter, estão: velocidade alta e altura (onde toca na pista). A decisão pode partir da torre de controle ou do piloto.


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