São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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Suposta proteção é investigada

DA SUCURSAL DO RIO

O corregedor-geral de Polícia Unificada, Aldney Peixoto, disse ontem que ouvirá Elias Maluco para confirmar as denúncias de que ele vinha sendo protegido por policiais corruptos.
Na operação para capturá-lo no complexo do Alemão, policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) levantaram a suspeita de que o traficante poderia estar escondido em um DPO (Destacamento de Policiamento Ostensivo) da PM na favela. A informação está sendo investigada pelo corregedor.
O que reforça essas suspeitas é uma operação sigilosa realizada anteontem por policiais de várias delegacias especializadas e de agentes da Corregedoria em DPOs de favelas com o objetivo de apreender armas que estariam supostamente escondidas nas unidades. A ordem partiu da Secretaria da Segurança. Segundo o corregedor, nada foi encontrado.
Peixoto começou a investigar o suposto envolvimento de policiais com Elias Maluco desde que surgiram as primeiras suspeitas de que o traficante tinha participado da morte de Tim Lopes.
Em agosto, a Corregedoria recebeu denúncia de que ele teria sido preso em São Gonçalo (região metropolitana) mas, para continuar em liberdade, teria pago R$ 600 mil para PMs do 7º Batalhão.
No início do mês, o corregedor, por meio do advogado Paulo Roberto Cuzzuol, ofereceu garantias para que Maluco se entregasse. O corregedor disse que tomou a iniciativa por temer que ele fosse morto pelos próprios policiais que supostamente o protegeriam. Maluco recusou a ajuda. (MHM)


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