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Suposta proteção é investigada
DA SUCURSAL DO RIO
O corregedor-geral de Polícia
Unificada, Aldney Peixoto, disse
ontem que ouvirá Elias Maluco
para confirmar as denúncias de
que ele vinha sendo protegido por
policiais corruptos.
Na operação para capturá-lo no
complexo do Alemão, policiais da
Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) levantaram a suspeita de que o traficante poderia estar escondido
em um DPO (Destacamento de
Policiamento Ostensivo) da PM
na favela. A informação está sendo investigada pelo corregedor.
O que reforça essas suspeitas é
uma operação sigilosa realizada
anteontem por policiais de várias
delegacias especializadas e de
agentes da Corregedoria em
DPOs de favelas com o objetivo
de apreender armas que estariam
supostamente escondidas nas
unidades. A ordem partiu da Secretaria da Segurança. Segundo o
corregedor, nada foi encontrado.
Peixoto começou a investigar o
suposto envolvimento de policiais com Elias Maluco desde que
surgiram as primeiras suspeitas
de que o traficante tinha participado da morte de Tim Lopes.
Em agosto, a Corregedoria recebeu denúncia de que ele teria sido
preso em São Gonçalo (região
metropolitana) mas, para continuar em liberdade, teria pago R$
600 mil para PMs do 7º Batalhão.
No início do mês, o corregedor,
por meio do advogado Paulo Roberto Cuzzuol, ofereceu garantias
para que Maluco se entregasse. O
corregedor disse que tomou a iniciativa por temer que ele fosse
morto pelos próprios policiais
que supostamente o protegeriam.
Maluco recusou a ajuda.
(MHM)
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