São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2004

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Concessão pode gerar mais adiamento ainda

DA REPORTAGEM LOCAL

A linha 4 (amarela) do Metrô de São Paulo é a primeira a prever sua concessão à iniciativa privada -ambição do governo estadual que foi um dos motivos de seu atraso desde 1994 e que poderá ser a razão de novos adiamentos nos próximos anos.
A idéia inicial da gestão Mário Covas (1995-2001) era que empresas privadas bancassem 100% de sua construção, em troca da concessão por até 30 anos, na qual elas seriam remuneradas pela arrecadação na bilheteria.
O projeto do Estado se tornou inviável porque são raros os países do mundo com linhas de metrô que geram lucro a ponto de despertar interesse de investidores privados.
O governo tucano foi reduzindo essa intenção ao longo dos anos até que, em 2001, decidiu lançar uma licitação para começar as obras mesmo sem definir qual poderia ser e se haveria, no futuro, a participação viável de empresas.

Investimento
O valor total dos contratos beira R$ 1,9 bilhão, dos quais dois terços serão pagos pelo Estado com empréstimos do Banco Mundial e do JBIC (Japan Bank Internacional Corporation).
O montante necessário até 2008 para que a nova linha comece a funcionar, entretanto, ultrapassa os R$ 3 bilhões.
A idéia da gestão Geraldo Alckmin é que a quantia que faltará -principalmente para a compra de trens- venha da iniciativa privada, em troca da concessão da linha 4 por até 30 anos.



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