PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Por causa de um pedido da Prefeitura de Belo Horizonte, aceito pelo governo de Minas Gerais, DAC (Departamento de Aviação Civil) e Infraero, passou de 1º de dezembro próximo para 1º de março de 2005 a data de transferência de todos os vôos comerciais interestaduais do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para o município de Confins (distante 42 km da capital mineira).
O adiamento por três meses deveu-se aos argumentos do prefeito Fernando Pimentel, que elencou três motivos. As "adequações viárias emergenciais" em duas vias de acesso ao aeroporto Tancredo Neves (popularmente chamado de Confins); as férias escolares, quando aumentam o número de vôos; e a necessidade de uma "campanha mais ampla de esclarecimento sobre a decisão".
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, reuniu-se na noite de anteontem com representantes do DAC e Infraero, que concordaram com o adiamento.
"O importante é o trabalho conjunto para viabilizar o projeto", disse Brumer, ao acrescentar que as obras de melhorias que o Executivo mineiro faz na rodovia MG-10 já começaram.
O governo de Minas Gerais é quem mais incentivou a mudança. Com o projeto Confins, o Estado quer promover o desenvolvimento regional, tornando o aeroporto também industrial.
Em comparação com Pampulha, Confins significa mais segurança e conforto para os passageiros, apesar do acesso ao aeroporto ser bastante precário. As obras emergenciais não substituirão a necessidade de duplicação da MG-10. Inaugurado no início dos anos 80, Confins é um aeroporto moderno, com capacidade para 5 milhões de passageiros/ano.
Hoje o aeroporto recebe apenas 7,3% desse total.


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