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Moradora improvisa contra cheia
DA REPORTAGEM LOCAL
Ana Maria Pereira dos Santos se
equilibra com o marido, dois filhos e um cachorro sobre uma casa de dois cômodos, construída
em uma área de risco, que há três
anos ameaça desabar.
Ela mora em uma favela em
Campo Limpo, zona sul da cidade, bem ao lado de um fétido córrego que todo ano inunda dezenas de barracos na região.
Neste ano, Ana Maria achou
que estaria livre do sufoco, já que
a prefeitura planejou obras para
conter as enchentes. Duas pontes
de 20 metros de comprimento foram construídas, mas a família de
Ana Maria não sentiu os possíveis
efeitos positivos da obra.
Bastou uma chuva de fraca intensidade durante um dia, na semana passada, para o córrego subir e novamente inundar sua casa.
Ela ainda improvisou uma passarela para ligar os dois cômodos:
uma velha porta de madeira foi
utilizada como "ponte" pela família de Ana Maria.
Outra promessa não cumprida
pela atual gestão é a reurbanização da favela Vila Nova Jaguaré
(zona oeste da cidade).
A obra não apenas consta do
documento oficial da prefeitura
como há cartazes e até uma maquete do projeto no local, para encanto dos moradores.
Bairro legal
"Quando estiver tudo pronto,
isso aqui vai virar um bairro lindo. E as pessoas vão parar de falar
que moro numa favela. Vai acabar o preconceito", comemora o
padeiro Aldemir Cardoso, um
dos 12.240 moradores da Vila Nova Jaguaré.
O programa Bairro Legal continua até agora somente como uma
promessa de governo.
A Secretaria Municipal da Habitação diz já ter obtido os recursos
necessários, através do Ministério
das Cidades, para iniciar as obras.
A pasta espera, no entanto, o fim
do período eleitoral para assinar
os contratos e começar o serviço.
(FS)
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