São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007

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Ministro defende aumento de taxas em São Paulo

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem "aumentar expressivamente" as taxas de estacionamento de aviões em Guarulhos e zerar as do Tom Jobim para "induzir" as empresas aéreas a desafogar São Paulo e fortalecer o Rio.
O ministro também disse que a nova malha está praticamente pronta, só sofrendo ajustes, e será apresentada em dez dias.
O aumento de taxas aeroportuárias em São Paulo e a redução no Rio fazem parte de plano para desconcentrar os vôos de São Paulo. Segundo Jobim, 70% dos passageiros internacionais de turismo ou negócios param em São Paulo.
"Temos de pensar formas de deslocar vôos internacionais para o Rio. Uma das soluções é o aumento expressivo das taxas de estacionamento em São Paulo e a redução a zero da taxa do Galeão. Os vôos internacionais chegam a São Paulo de manhã e só saem às 23h. Só depende de cálculo", afirmou.
Procurado, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas preferiu não comentar as declarações do ministro. A entidade quer esperar a proposta efetiva antes de se pronunciar.
Em 2006, o Tom Jobim recebeu 8,8 milhões de passageiros. Com a infra-estrutura atual, ele pode operar com 15 milhões ao ano. Atualmente, o aeroporto tem de 180 a 200 vôos diários. A Infraero avalia que pode aumentar esse montante em mais 200 vôos diários.
Questionado pela Folha se São Paulo não "gritaria" em protesto, Jobim respondeu: "O grito faz parte do jogo, pode gritar, tenho bons ouvidos". Para ele, Congonhas serviria a ponte-aérea, sem ser um ponto de escalas pelo Brasil.


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