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Ministro defende aumento de taxas em São Paulo
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim, defendeu ontem "aumentar expressivamente" as
taxas de estacionamento de
aviões em Guarulhos e zerar as
do Tom Jobim para "induzir"
as empresas aéreas a desafogar
São Paulo e fortalecer o Rio.
O ministro também disse que
a nova malha está praticamente pronta, só sofrendo ajustes, e
será apresentada em dez dias.
O aumento de taxas aeroportuárias em São Paulo e a redução no Rio fazem parte de plano
para desconcentrar os vôos de
São Paulo. Segundo Jobim,
70% dos passageiros internacionais de turismo ou negócios
param em São Paulo.
"Temos de pensar formas de
deslocar vôos internacionais
para o Rio. Uma das soluções é
o aumento expressivo das taxas
de estacionamento em São
Paulo e a redução a zero da taxa
do Galeão. Os vôos internacionais chegam a São Paulo de manhã e só saem às 23h. Só depende de cálculo", afirmou.
Procurado, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas
preferiu não comentar as declarações do ministro. A entidade quer esperar a proposta
efetiva antes de se pronunciar.
Em 2006, o Tom Jobim recebeu 8,8 milhões de passageiros.
Com a infra-estrutura atual, ele
pode operar com 15 milhões ao
ano. Atualmente, o aeroporto
tem de 180 a 200 vôos diários. A
Infraero avalia que pode aumentar esse montante em mais
200 vôos diários.
Questionado pela Folha se
São Paulo não "gritaria" em
protesto, Jobim respondeu: "O
grito faz parte do jogo, pode
gritar, tenho bons ouvidos".
Para ele, Congonhas serviria a
ponte-aérea, sem ser um ponto
de escalas pelo Brasil.
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