|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LUIZ OTÁVIO MARQUES DO AMARAL (1996-2008)
Todas as torcidas pelo garoto Tato
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Tato tinha 11 anos e era
são-paulino de carteirinha, o
que é comprovado pela cadeira cativa que ele e o pai
possuíam no estádio do Morumbi, na capital paulista. Os
ídolos do garoto eram Rogério Ceni, goleiro, os atacantes Aloísio e Dagoberto e o
craque da seleção Kaká.
Em fevereiro de 2007, numa visita ao centro de treinamento do clube, Luiz Otávio
Marques do Amaral conheceu Rogério em carne e osso.
Naquela época, Tato já sabia da doença. Em setembro
de 2006, sentiu dores nas
pernas. Ana, mãe e advogada,
levou-o ao ortopedista e,
após um hemograma sugerido pelo médico, descobriu
que o filho tinha leucemia.
Os seis primeiros meses de
tratamento foram de forte
quimioterapia. A doença pareceu dar um tempo, até que
voltou a se manifestar um
ano depois do diagnóstico.
"Como a quimioterapia não
fazia mais efeito, tivemos
que importar um remédio",
lembra Ana.
Pelo site de relacionamentos Orkut, a família começou
uma campanha para doação
de medula óssea. Foi então
que conheceram o grupo de
torcedores são-paulinos
Guerreiros da Paz, que realiza trabalhos voluntários.
Fizeram campanha e, no
mês passado, Tato chegou a
ir ao estádio, antes da partida
do São Paulo. "O que mais
me tocou foram as mensagens de todos os torcedores,
de corintianos, de palmeirenses", conta Luiz, o pai. Tato morreu na segunda passada, aos 11, em São Paulo.
obituario@folhasp.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Mãe diz que não autorizou volta de Nayara Índice
|