São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2008

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LUIZ OTÁVIO MARQUES DO AMARAL (1996-2008)

Todas as torcidas pelo garoto Tato

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Tato tinha 11 anos e era são-paulino de carteirinha, o que é comprovado pela cadeira cativa que ele e o pai possuíam no estádio do Morumbi, na capital paulista. Os ídolos do garoto eram Rogério Ceni, goleiro, os atacantes Aloísio e Dagoberto e o craque da seleção Kaká.
Em fevereiro de 2007, numa visita ao centro de treinamento do clube, Luiz Otávio Marques do Amaral conheceu Rogério em carne e osso.
Naquela época, Tato já sabia da doença. Em setembro de 2006, sentiu dores nas pernas. Ana, mãe e advogada, levou-o ao ortopedista e, após um hemograma sugerido pelo médico, descobriu que o filho tinha leucemia.
Os seis primeiros meses de tratamento foram de forte quimioterapia. A doença pareceu dar um tempo, até que voltou a se manifestar um ano depois do diagnóstico. "Como a quimioterapia não fazia mais efeito, tivemos que importar um remédio", lembra Ana.
Pelo site de relacionamentos Orkut, a família começou uma campanha para doação de medula óssea. Foi então que conheceram o grupo de torcedores são-paulinos Guerreiros da Paz, que realiza trabalhos voluntários.
Fizeram campanha e, no mês passado, Tato chegou a ir ao estádio, antes da partida do São Paulo. "O que mais me tocou foram as mensagens de todos os torcedores, de corintianos, de palmeirenses", conta Luiz, o pai. Tato morreu na segunda passada, aos 11, em São Paulo.

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