São Paulo, domingo, 20 de novembro de 2005

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ANTIMULTA

Tecnologia alerta sobre a proximidade de equipamentos de vigilância

Satélite ajuda a driblar radares

ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os equipamentos de GPS (sistema de posicionamento global) têm ajudado os motoristas de diversas regiões a fugir das multas por excesso de velocidade flagrado por radares fotográficos.
Com essa tecnologia, é possível programar diversos pontos, , que são localizados por satélite, e receber um alerta sobre a proximidade da fiscalização.
Conectado ao acendedor de cigarros e fixado no painel do carro, ele emite sinais luminosos e sonoros da presença de lombadas eletrônicas, radares fixos e até móveis. Os preços do aparelho variam de R$ 529 a R$ 1.100.
Ao menos duas empresas, com sede no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, têm aproveitado como principal filão a programação dos endereços de radares.
Uma já atua em São Paulo e a outra começou a mapear os equipamentos paulistanos há duas semanas. Juntas, somam 4.000 clientes no país.
O uso do aparelho é condenado por especialistas e órgãos de trânsito ouvidos pela Folha, que vêem um incentivo à infração.
A legalidade é motivo de divergências. Muitos advogados avaliam haver burla à lei de trânsito e a Procuradoria Jurídica do Detran-DF (Departamento Estadual de Trânsito) já deu até parecer recomendando punição.
Mas a avaliação do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), principal órgão do setor no Brasil, é de que, embora "seja lamentável", ele não é irregular, ao menos "por enquanto".
Paulo Sergio Lopes adquiriu um aparelho e decidiu se tornar representante da empresa em São Paulo. O GPS, para ele, é "um instrumento educativo e antiarrecadatório".


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