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ANTIMULTA
Tecnologia alerta sobre a proximidade de equipamentos de vigilância
Satélite ajuda a driblar radares
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os equipamentos de GPS (sistema de posicionamento global)
têm ajudado os motoristas de diversas regiões a fugir das multas
por excesso de velocidade flagrado por radares fotográficos.
Com essa tecnologia, é possível
programar diversos pontos, ,
que são localizados por satélite, e
receber um alerta sobre a proximidade da fiscalização.
Conectado ao acendedor de cigarros e fixado no painel do carro, ele emite sinais luminosos e
sonoros da presença de lombadas eletrônicas, radares fixos e
até móveis. Os preços do aparelho variam de R$ 529 a R$ 1.100.
Ao menos duas empresas, com
sede no Rio Grande do Sul e no
Distrito Federal, têm aproveitado como principal filão a programação dos endereços de radares.
Uma já atua em São Paulo e a
outra começou a mapear os
equipamentos paulistanos há
duas semanas. Juntas, somam
4.000 clientes no país.
O uso do aparelho é condenado por especialistas e órgãos de
trânsito ouvidos pela Folha, que
vêem um incentivo à infração.
A legalidade é motivo de divergências. Muitos advogados avaliam haver burla à lei de trânsito
e a Procuradoria Jurídica do Detran-DF (Departamento Estadual de Trânsito) já deu até parecer recomendando punição.
Mas a avaliação do Denatran
(Departamento Nacional de
Trânsito), principal órgão do setor no Brasil, é de que, embora
"seja lamentável", ele não é irregular, ao menos "por enquanto".
Paulo Sergio Lopes adquiriu
um aparelho e decidiu se tornar
representante da empresa em
São Paulo. O GPS, para ele, é
"um instrumento educativo e
antiarrecadatório".
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