São Paulo, domingo, 20 de novembro de 2005

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COTIDIANO

Após tiros, vizinhos chamaram a PM, que prendeu o morador na zona sul de SP

Homem é preso com fuzis e 2.000 balas dentro de casa

DA REPORTAGEM LOCAL

Um arsenal de armas, incluindo escopetas, pistolas e até um fuzil, além de 2.000 cartuchos de munição, foi apreendido em uma casa na Chácara Santo Antônio, região de Santo Amaro (zona sul de São Paulo), na noite de anteontem.
A polícia foi chamada às 21h por vizinhos, após ouvirem tiros dentro da residência, na travessa Tartaruga-do-Mar. O morador, que estava em casa com a mãe, foi preso sob acusação de porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo.
À polícia, ele afirmou que era colecionador de armas, mas não tinha porte nem autorização. O boletim de ocorrência registra professor como profissão do acusado. Vizinhos afirmaram que nunca o viram trabalhar.
Pouco depois de cercar a casa, a polícia iniciou a negociação. Inicialmente, o morador, de 32 anos, identificou-se e entregou duas pistolas. A mãe dele, segundo a polícia, autorizou então que o local fosse revistado. No imóvel, em uma rua sem saída com dez casas, a quantidade de armas e munição surpreendeu os policiais. Foram apreendidos um fuzil, três espingardas, três pistolas, três revólveres e nove facas. Também foram encontrados aproximadamente 2.000 cartuchos de munição.
A PM levou o acusado até o 11º DP, onde ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo. À polícia, ele disse que era colecionador de armas, mas não tinha porte.
Pelo Estatuto do Desarmamento, porte de arma é crime inafiançável. Se condenado, ele pode pegar até quatro anos de prisão. Em 23 de outubro, o referendo sobre a venda de armas e munição no país manteve esse comércio, mas as regras do estatuto sobre o porte e a posse não foram alteradas.
A reportagem esteve ontem na casa do acusado, mas não localizou seus pais para comentar o assunto. O vizinho da casa dos fundos disse que não havia ninguém.
Outro vizinho, que pediu para não ser identificado, contou que, há um mês, o acusado também tinha feito disparos em casa. A PM não teria constatado crime.


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